O deputado estadual Coronel David (PL) criticou duramente as condenações impostas pelo STF (Supremo Tribunal Federal) a cidadãos de Mato Grosso do Sul envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. O parlamentar classificou as sentenças como “absurdas e desproporcionais” e afirmou que o julgamento se assemelha a um “tribunal de exceção”.
“José Barros, 17 anos e 6 meses de prisão. Diego Medina e Ivair Almeida, 17 anos de prisão. Eric Prates e Ilson Oliveira, 16 anos de prisão. Fábio Bullmann e Djalma dos Reis, 14 anos de prisão. Todos eles são cidadãos de Mato Grosso do Sul. Isso não é justiça, é perseguição política”, declarou Coronel David.
O deputado questionou a equidade das punições, argumentando que, em muitos casos, os condenados receberam penas superiores às aplicadas a crimes como homicídio. “Onde está a individualização da pena? Onde está o devido processo legal? Não faz sentido essas condenações ultrapassarem as de criminosos violentos”, disse.
A crítica de Coronel David se soma às de juristas que apontam a falta de distinção no julgamento dos acusados. Segundo ele, as decisões do STF foram replicadas sem a devida análise da conduta individual de cada réu. “Não precisa ser de direita ou bolsonarista para enxergar o óbvio. Estamos vendo um julgamento político, e não um julgamento justo”, enfatizou.
Diante desse cenário, o deputado reforçou a importância da manifestação marcada para o dia 16 de março, em Copacabana, no Rio de Janeiro, liderada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. “É uma perseguição brutal contra quem pensa diferente do sistema. Hoje são eles, amanhã pode ser qualquer um de nós”, alertou.
Coronel David encerrou sua fala reafirmando que a justiça precisa ser igual para todos. “No Estado Democrático de Direito, a justiça é soberana, mas, se não valer de forma igual para todos, então não é justiça”, concluiu.