Sessenta minutos. Esse é o tempo determinante para salvar a vida de uma pessoa em sepse, segundo protocolos internacionais. Por vezes desconhecida e popularmente chamada de infecção generalizada, a sepse é a doença que mais mata pessoas em todo o mundo.
Professor de Yoga Clássico, Marco Antonio Gerevini, 45 anos, é um sobrevivente da sepse, graças à ação rápida de uma equipe médica. Dois dias após passar por uma cirurgia para retirada de cálculos renais, já em casa, começou a se sentir mal, com febre e dores no corpo, mas achou que era algo normal. No entanto, o mal-estar piorou muito, assim como a febre, que chegou a 41°C.
Já prostrado, suando frio e sem conseguir falar, sua família acionou o SOS Unimed, que em poucos minutos estava ali para prestar os primeiros atendimentos. Levado ao Hospital Unimed Campo Grande, de imediato a equipe que o atendeu constatou uma infecção. Fosse somente isso, seria mais fácil, mas a infecção evoluiu rapidamente e logo veio o diagnosticado: sepse. Sabendo da gravidade da doença, afinal, Marco é casado com uma médica, naquele momento, o professor temeu por sua vida.
Apesar do medo latente, a precisão da equipe comandada pela Dra. Haydée Marina do Valle Pereira, infectologista e coordenadora Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do Hospital Unimed Campo Grande, foi determinante naquele dia. “Eu sabia que corria risco de morrer, porque a sepse é algo muito grave. Então tive muito medo, tive crise de pânico ali no hospital, dificuldade para respirar, foram dias muito difíceis, mas a intervenção médica ali foi fundamental. Assim que a equipe assumiu meu caso, melhorei muito e me recuperei”, relembra aliviado.
Desde então, toda vez que Marco remexe sua memória e se lembra do que passou naqueles dias de internação, se emociona. “Costumo dizer que ganhei uma segunda chance de viver, sabia que era grave, mas graças à Dra. Haydée e à equipe dela, sobrevivi a isso e sem sequelas. Com isso, aprendi a aproveitar mais a vida, a minha família, meu filho, porque eu poderia não estar aqui hoje contando a minha história. Tenho muito a agradecer”, fala Marco, que somente após quase dois anos, teve a oportunidade de reencontrar a médica e agradecê-la pessoalmente.
Apesar de tantas histórias já vividas e tantas vidas salvas em sua trajetória profissional, Dra. Haydée também se emocionou ao lembrar o caso do seu paciente e com os olhos marejados disse “meu coração é só gratidão em poder devolver um pai, um filho, uma pessoa para sua família, não há nada que pague. Isso me deixa sempre muito feliz e faz ter cada vez mais certeza de que escolhi a profissão certa, ser infectologista e ajudar a salvar vidas”.
Anjos da Sepse
Em 2021 o Hospital Unimed Campo Grande implantou o Anjos da Sepse, onde um grupo de técnicos em enfermagem é treinado para identificar casos da doença e agir rápido, dentro dos protocolos estabelecidos. “Esse projeto teve tão bom êxito que nos tornamos uma referência para outras instituições de saúde em nosso estado, que já têm copiado nosso modelo”, relata Dra. Haydée.