A Ciência tem salvado o mundo da morte, trazendo benefícios ao ser humano, e mais uma vez mostra seu comprometimento em valorizar e preservar a saúde da população, como podemos acompanhar a partir de uma pesquisa nacional, feita entre 17 de janeiro e 29 de abril de 2021, com a população idosa de São Paulo. O artigo fruto desse estudo tem por título “Effectiveness of the CoronaVac vaccine in the elderly population during a P.1 variant-associated epidemic of COVID-19 in Brazil: A test-negative case-control study“.
Na corrida contra o tempo para salvar vidas, a Ciência se empenhou para as vacinas se tornassem realidade no combate a COVID-19, e nesse contexto do estudo da efetividade das vacinas, o Prof. Dr. do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Roberto Dias de Oliveira, participa de três (3) projetos para vacina contra COVID-19, onde ele coordena um projeto e também atua na regulamentação, controle de qualidade e avaliação do banco de dados de outros.
Nesse estudo específico, é avaliada a efetividade da vacina CORONAVAC contra a variante P1 (aquela descoberta em Manaus-AM), que representou 83% dos casos de COVID no período entre março e abril de 2021 e apresentou, a priori, os casos mais graves.
Desde o primeiro atendimento na unidade básica de saúde aos casos de internação hospitalar, os profissionais de saúde tem se doado de forma integral pela preservação da vida de cada cidadão. Essa dedicação traz esperança e ânimo a uma sociedade que vive dias de angústia e indecisão, assim, confirmando o compromisso da Ciência com o bem-estar da população, a pesquisa foi feita a partir da coleta e análise de dados do serviço de saúde pública, com cerca de 44 mil pessoas comuns do mundo real (e não de um ambiente controlado como é comum em estudos clínicos de longa duração), das que já tomaram as duas doses da vacina, com idade igual ou superior a 70 anos, composta pelo público mais suscetível a complicações pela doença.
REDUÇÃO DO RISCO DE MORTE
Depois de 14 dias da segunda dose a CORONAVAC apresenta efetividade de 61,8% entre pessoas de 70 a 74 anos, reduz para 48,9% entre pessoas de 75 a 79 anos, o que está dentro da expectativa geral da vacina destacada nos dados dos testes iniciais, mas reduz para 28% para pessoas com mais de 80 anos. Levando em conta todo o público acima de 70 anos, foi observada uma efetividade média da CORONAVAC de 42% no ambiente real de transmissão extensa da variante P.1, o efeito protetor se comprovou como esperado, conforme explica o professor Roberto.
Mesmo diante da redução da eficácia da vacina para 28% entre os idosos acima de 80 anos, os resultados preliminares do estudo identificaram uma queda acentuada de casos graves entre pessoas com mais de 80 anos com a segunda dose da CORONAVAC.
Confirmando justamente o que o professor da UEMS Cláudio Soerger Zaro, que leciona no curso de Ciências Contábeis da Universidade, e pesquisou sobre o assunto para compartilhar os resultados com os alunos do curso e incentivar a discussão saudável sobre o assunto, afirmou: “gera otimismo, pois mesmo que ainda a chance de contaminação permaneça alta, a vacina pode cumprir o papel de reduzir o risco de morte”.
Portanto, o professor e pesquisador Roberto Oliveira alerta que o melhor a se fazer diante desses achados da pesquisa com a CORONAVAC é manter as intervenções não farmacêuticas: uso de máscara, lavar frequentemente as mãos, usar álcool em gel 70% e evitar aglomerações.
Assessoria de Comunicação UEMS.