Uma das promessas mais populares no começo do ano é o comprometimento com a vida saudável. As academias lotam e a busca por uma atividade física se torna uma prioridade. Mas nem todo mundo curte se exercitar, por isso uma boa opção pode ser adotar uma modalidade que mexa o corpo, mas que, ao mesmo tempo, divirta.
Nesse cenário, a dança surge como uma alternativa motivadora. Mais do que uma expressão artística, dançar movimenta e exercita o corpo como um todo. Estudos científicos respaldam a afirmativa de que a dança não apenas tonifica os músculos, mas também promove uma série de efeitos positivos na saúde mental. A prática libera hormônios como endorfina, dopamina e serotonina, contribuindo para a sensação de felicidade. Surpreendentemente, apenas cinco minutos de dança são capazes de acalmar a mente e melhorar o humor.
Segundo pesquisa publicada no jornal Frontiers in Human Neuroscience, a dança pode inclusive ser um antídoto eficaz contra o envelhecimento do cérebro. Comparada a formas convencionais de exercício, como caminhada e bicicleta, ela foi identificada como uma opção mais completa.
Benefícios
Os benefícios da dança para a saúde física são notáveis. A prática regular fortalece os músculos, tornando o corpo mais resistente a lesões ao longo do tempo. Além disso, a atividade melhora o sistema cardiorrespiratório, proporcionando maior resistência.
A dança não se limita aos aspectos físicos; ela também aprimora a postura e flexibilidade. Movimentos que envolvem diferentes grupos musculares resultam em um corpo mais alongado, facilitando a recuperação muscular no cotidiano.
Além dos benefícios físicos, a dança atua como uma forma de socialização, promovendo interações leves e divertidas. Essa dimensão social contribui para melhorar a saúde mental, elevando a autoestima e reduzindo quadros de ansiedade.
O coreógrafo Ivan Sousa, que tem duas décadas de experiência com dança, sempre é procurado por pessoas em busca da modalidade como uma alternativa à atividade física convencional. “A dança, muitas vezes, pode ser uma porta de entrada para quem quer começar a se mexer e deixar o sedentarismo de lado, mas não consegue se adaptar a uma rotina de academia, por exemplo. O exercício da dança mexe com todos os músculos do corpo ao mesmo tempo, e é justamente por isso que a atividade deve sim ser considerada um treino”, conta.
A empresária Cristiane Souza Medeiros é adepta da atividade física diária há mais de uma década e decidiu incorporar também a dança à sua rotina de exercícios. “Decidi começar a dançar porque tenho uma paixão real por isso. Admiro muito a dança, especialmente o samba, que é o estilo que estou praticando atualmente, mas já pratiquei também dança do ventre para aprender técnicas. Além disso, faço musculação e cardio, pois levo uma vida ativa e trabalho muito”, pontua. Para ela, a dança é mais que uma atividade física, é uma verdadeira terapia para aguentar o dia a dia corrido.
Versatilidade
Um ponto positivo de optar pela dança como uma prática esportiva, segundo Ivan Sousa é sua variedade de opções. Com a liberdade de poder escolher ritmo e estilo, como Bolero, Forró, Samba de Gafieira, Soltinho, Chamamé e tantos outros, ela oferece uma infinidade de possibilidades para todos. O coreógrafo pontua ainda que independentemente do estilo escolhido, a dança proporciona muitos benefícios. “Além de ajudar na perda de peso, ela proporciona aumento da flexibilidade, aprimoramento da coordenação motora, melhora cardiorrespiratória, circulação sanguínea, equilíbrio da pressão arterial, ativação do sistema linfático e otimização do condicionamento aeróbico”, pontua.
Em resumo, ele lembra que a dança não é apenas uma forma de exercício; é uma celebração da vitalidade que, além de transformar o corpo, nutre a mente e eleva o espírito. Escolher dançar não é apenas escolher uma atividade física, mas sim adotar um estilo de vida repleto de alegria, saúde e bem-estar.