Setembro está a caminho e, junto a ele, uma campanha de extrema importância, já que é o mês de combate ao suicídio, temática que precisa ser discutida. Dentre todas as medidas que existem de prevenção, entre as farmacológicas e aquelas não médicas, existem as atividades físicas, que são essenciais para a luta contra a depressão.
Segundo o Dr. Marcos Estevão dos Santos Moura, psiquiatra da Unimed Campo Grande, a prática de atividades físicas tem vários benefícios, ajudando tanto no tratamento quanto na prevenção do desenvolvimento de depressão e ansiedade. Isso acontece porque durante os exercícios o organismo libera substâncias que desencadeiam outras produções de hormônios ligados ao humor, que dão sensação de prazer e bem-estar.
“As pessoas que fazem mais atividades têm menos gravidade e menos surgimento de quadros depressivos. O contrário também é verdadeiro. Pessoas que têm depressão, moderada a grave, geralmente são pessoas que não fazem nenhum tipo de exercício”, explica o médico.
O psiquiatra conta que dentre tantos benefícios, a prática de atividades físicas ainda diminui o foco nos pensamentos negativos que os deprimidos têm, pois libera substâncias que desencadeiam hormônios ligados ao humor, melhorando a qualidade de vida e diminuindo os sintomas depressivos.
Isoladamente esse estilo de vida já ajuda, e muito, mas quando feita em família os benefícios são ainda maiores. “A atividade física é um tratamento, feita isoladamente já ajuda muito, em família os benefícios são maiores, pois melhoram os laços, tiram às pessoas de dentro de casa, local que existem os problemas do cotidiano, e alivia a mente para suavizar esses problemas”, diz Moura.
As atividades que podem ser feitas, de acordo com o Dr., são diversas, como:
– Caminhada: permitem o diálogo
– Pedaladas em ambiente seguro: diminui o estresse, dá senso de segurança e tem a preocupação uns com os outros
– Dança: é excelente, pois melhora a vida dos casais e, consequentemente, dos filhos
– Exercícios com bola: melhoram a qualidade de vida entre pais e filhos
Quem sabe muito bem disto é o Júlio César Ortiz de Araújo, fisioterapeuta hospitalar do Hospital Unimed CG, que “herdou” do pai, jogador de futebol, o gosto pelos exercícios e, com o tempo, seus filhos puxaram o mesmo gosto.
Desde muito cedo seus pequenos, Júlia, 11 anos, e Matheus, 8 anos, demonstravam o interesse nesta área. O pai conta que as crianças tinham o costume de pular no sofá e subir em móveis. “Ali vi que eram muito ativos, sem falar que me viam praticando atividades e buscando uma alimentação saudável. Logo já iniciaram a natação, depois a ginástica e, por fim, o crossfit, que fazem comigo”, recorda.
Sobre esse tempo, mais do que saudável, em família, Júlio conta que é essencial, não só pelo bom exemplo em cuidar da saúde, mas por ser extremamente importante para a relação familiar. “Nos dias de hoje, de internet e celular, ter esse momento com os filhos sem outras distrações é necessário. Atividade física ajuda muito nas relações pai e filho, pois abre caminhos para conversas, auxilia a enfrentar dificuldades e a ouvir o que eles têm a dizer de uma forma bem agradável”, finaliza o fisioterapeuta.