Com propostas concretas e coragem, a candidata a prefeita de Campo Grande, Rose Modesto (União Brasil), afirma ter vencido o debate do Midiamax, realizado na noite desta segunda-feira (23), e “desmascarado irregularidades investigadas pela Justiça de adversários eleitorais”.
Em confronto direto com o candidato Beto Pereira (PSDB), Rose destacou que nos bairros o assunto da eleição é que o candidato é ficha-suja e pediu esclarecimentos. O adversário negou a condenação em três processos e acusou a “quadrilha” de querer prejudicá-lo.
“O TCE reprovou suas contas porque você adquiriu passagens aéreas de maneira irregular, efetuou pagamentos a pessoas físicas sem provar devidamente que prestaram serviços à prefeitura, pagou empresas por serviços não prestados, foi condenado por fraude em licitações e quem te condenou não foi o presidente do tribunal foram teus amigos, que o PSDB indicou: Waldir Neves, Márcio Monteiro e (Flávio) Kayatt”, rebateu Rose.
Já com à prefeita Adriane Lopes (PP), Rose questionou o motivo de ela não ter dado fim a folha secreta de R$ 386,1 milhões, investigada pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), para acabar com a fila de mais de 8 mil por vagas em Emeis (Escolas Municipais de Ensino Infantil). Adriane tentou provocá-la sugerindo seu apoio ao PT em 2026.
“Daqui a dois anos não sei o que vai acontecer, sei que eu continuarei sendo a Rose Modesto, que pensa na população, sem se preocupar com questões partidárias. Aliás, o grande problema da senhora é esse: não pensa no povo de Campo Grande, pensa em questões ideológicas. Nossa cidade merecia uma prefeita, que sentou na cadeira, não sendo eleita, mas que poderia fazer uma nova estrada para que as mulheres tivessem mais orgulho de quando uma mulher sentar numa cadeira como aquela”, rebateu Rose.
Propostas
Para concluir as EMEIS paradas, Rose vai investir cerca de R$ 30 milhões. “O orçamento da educação é de R$ 1,4 bilhões, a folha consome R$, R$ 1,1 bilhões, temos R$ 300 milhões para custeio e investimentos. No FNDE e no Novo PAC, vamos buscar R$ 54 milhões para construir 10 novas Emeis, além disso, vamos averiguar as obras de 166 novas salas para resolver esse problema”, disse a candidata.
Ainda sobre educação, ela manifestou preocupação e foco com o aumento de 500% de crianças da educação especial na rede municipal, associada com a falta de investimentos no setor. “Demora demais para sair o laudo médico. Não teremos uma equipe por escola, mas vamos montar equipes multidisciplinares por regiões para agilizar esse processo e investir no quadro técnico para dar ensino de qualidade a essas crianças “, destacou Rose.
Na infraestrutura, a candidata do União Brasil vai pavimentar 350 km nos bairros sem asfalto e a prioridade serão os mais antigos. “Vamos fazer bons projetos, buscar recursos federais, temos um Fundesul robusto e tenho certeza de que o governador Eduardo Riedel não vai virar as costas para Campo Grande”, disse.
Rose também quer parar de jogar dinheiro fora com operações tapa-buraco que acaba com o tempo ‘porque a chuva leva embora o investimento’ e volta o problema. “Vamos pavimentar 600 km de asfalto que não presta mais”, contou.
Para desfavelar a cidade, o caminho é o Projeto “Saí da Lona”, que oferecerá, gratuitamente, 4 mil unidades de 25 metros quadrados, com banheiro e cozinha integrada à sala. O projeto será custeado com recursos de tributos com desvinculação de receitas da emenda constitucional 132/2023.
O programa de habitação Morando Legal, em parceria com o governo federal, projeta construir duas mil casas populares para diminuir o déficit habitacional da cidade. Além disso, Rose quer urbanizar seis mil lotes.
Meio ambiente
Campo Grande tem alto risco de desastre ambiental e uma das soluções, para Rose, é plantar árvores. “Elas absorvem gases de atmosfera, que causam o efeito estufa e aumentam a temperatura do planeta, ao mesmo tempo, produzem sombra para aliviar ilhas de calor e servem de barreira natural para as águas pluviais.”, destacou.
A cidade necessita também de um plano de macrodrenagem, com construção de barragens de enchentes nas bacias de água. “Cada barragem tem um custo estimado de R$ 7 milhões e precisamos de uma avaliação técnica apurada dessas bacias para construir o plano de macrodrenagem, dimensionar custos, prioridades e prazos e eliminar o risco de alagamento de 86 pontos de risco da cidade”, detalhou a candidata.
Rose Modesto ainda fez questão de agradecer a Deus, a oportunidade que o debate propiciou para a democracia; se alegrou de estar em contato com as pessoas e com a chance de melhorar a vida dessa gente que ela tanto ama e acha que merece uma vida melhor e mais digna. “Quero trabalhar e vontade não me falta”, finalizou.