Produzir bovinos cada vez mais jovens para o abate, garantindo uma carne de qualidade para atender os mercados interno e externo com menor emissão de gás metano na atmosfera. Estes são alguns princípios da pecuária moderna que podem ajudar Mato Grosso do Sul a atingir a meta de ser Estado Carbono Neutro até 2030. Neste sentido, o programa de incentivos à pecuária Precoce MS do Governo do Estado é ferramenta essencial neste processo. Somente neste ano, mais de R$ 75 milhões foram pagos a produtores inscritos no programa.
No Estado o programa conduzido pela Secretaria de Estado da Produção, Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Agricultura Familiar (Semagro) conta com 3.300 estabelecimentos rurais cadastrados, 25 frigoríficos credenciados para abater, e 869 profissionais responsáveis técnicos habilitados. Além disso, 64% das fazendas cadastradas fazem rastreabilidade ou identificação nos seus rebanhos.
Os dados foram apresentados na segunda-feira (15) pelo secretário Jaime Verruck, titular da Semagro, durante a posse da nova diretoria da Associação Sul-Mato-Grossense de Produtores de Novilho Precoce. O secretário representou o governador do estado, Reinaldo Azambuja. Na solenidade foi empossado como presidente o pecuarista Rafael Nunes Gratão.
Verruck elogiou o trabalho da entidade e dos pecuaristas que garantem o avanço da pecuária estadual e lembrou que o Governo do Estado instituiu uma política pública para incentivar uma decisão que os pecuaristas já tinham tomado. “Sabemos de todo o potencial da instituição e da diretoria que assume a jornada. Com toda certeza será um grande voo, pois o Gratão e sua equipe tem competência para isso. Todas as mudanças e investimentos permitem que o estado continue crescendo e esse avanço é alavancado pelos pecuaristas, cadeia tão importante para o nosso desenvolvimento”, citou.
Ele lembrou que a Semagro ajudou a modernizar um programa de incentivos que já existia, mas que foi adaptado com sucesso a nova realidade da pecuária estadual, ouvindo os produtores e dando condições favoráveis para o desenvolvimento da atividade. “Fizemos a revisão do programa que se tornou o Precoce MS que hoje está garantindo cada vez mais animais jovens para o abate. A média de abate dentro do programa é de bovinos com 22,5 meses. Mas o melhor é que estamos baixando a classificação para mais animais prontos com dois dentes e dentes de leite”, acrescentou.
Benefícios
De acordo com o titular da Semagro, o programa já pagou por meio de incentivos mais de R$ 75 milhões aos produtores do Estado neste ano. “Nossa meta é que em 2022, vamos atingir 1,3 milhão de animais precoces abatidos dentro do programa. Isso representa um crescimento de quase 12% no total de abates”, salientou comentando que a partir de agora o programa deverá subir a um novo estágio. Do total de fazendas cadastradas 25 estão praticamente no confinamento. Este será um novo critério do programa ABC+.
O secretário destacou que a Embrapa está fazendo um estudo sobre a diminuição de metano no ambiente com a adoção de uma produção de animais mais precoces. “Estes 17 meses a menos de tempo para abate entram na conta de metano evitado. Isso é uma pegada de Carbono Neutro com menos emissões de gases na atmosfera. Essa é a nossa parte para que a cadeia produtiva avance com sustentabilidade”, concluiu lembrando que a pecuária é a única atividade no mundo onde quando se insere a tecnologia se aumenta o emprego.