As populações em todo o mundo estão envelhecendo rapidamente. A previsão, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), é de que até 2030 a proporção da população mundial com 60 anos ou mais será 34% maior que em 2021. Para se preparar para este aumento, a Organização das Nações Unidas (ONU) e demais entidades estão organizando estratégias para fazer com que o envelhecimento seja mais saudável.
No final de 2020, a Assembleia Geral das Nações Unidas trouxe o projeto “A Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030” como a principal estratégia para alcançar e apoiar ações de construção de uma sociedade para todas as idades, com base em iniciativas já feitas anteriormente. Em complemento à iniciativa mundial, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e parceiros lançaram neste ano uma série de relatórios para apoiar estratégias de envelhecimento saudável nas Américas. Já a OMS publicou o Relatório Base para a Década do Envelhecimento Saudável 2021-2030, pontuando algumas questões importantes, como a preparação para uma década saudável e como podemos melhorar até 2030.
Para a psicóloga e parceira da Unimed Campo Grande, Camila Sichinel Cunha, especialista em gerontologia e envelhecimento humano, as diferentes fases da vida possuem características próprias e em cada fase as pessoas possuem necessidades distintas e enfrentam desafios correspondentes ao momento em que estão vivendo. “Como seres biopsicossociais, atravessados por esses diferentes fatores, precisamos estar atentos a diferentes aspectos que impactam a saúde mental do idoso, como isolamento social/solidão, alterações de humor, debilidade física e mental, insônia, ócio, falta de suporte familiar/social, dentre outros fatores”, diz.
Envelhecimento – Segundo a OMS, o número de pessoas com 60 anos ou mais deverá aumentar de 1 bilhão, em 2019, para 1,4 bilhão até 2030. Até 2050 a população global de idosos terá mais que duplicado, para 2,1 bilhões. Em 2020, pela primeira vez na história, pessoas com 60 anos ou mais superaram em números crianças menores de 5 anos, e até 2050, haverá mais que o dobro de pessoas acima de 60 anos do que crianças menores de 5 anos. Em 2050, o número de pessoas com 60 anos ou mais irá superar o número de adolescentes e jovens de 15 a 24 anos de idade.
Ainda segundo a OMS, pelo menos 142 milhões de idosos em todo o mundo não conseguem atender às suas necessidades básicas, e otimizar a capacidade funcional é a chave para um envelhecimento saudável. As ações devem ser aceleradas para ter um impacto mensurável nas pessoas idosas até 2030 e os idosos devem estar envolvidos em todas as fases.
Qualidade de vida – No Brasil, a previsão é que até 2025 o país seja o sexto com maior quantidade de idosos no mundo, segundo a OMS. “Este fenômeno impacta o setor de saúde, a qualidade de vida e economia mundial, e evidencia a necessidade da criação e fortalecimento de políticas públicas e ações urgentes que estabeleçam direções e medidas prioritárias para promover uma velhice saudável”, afirma Camila Cunha.
A psicóloga lembra ainda que saúde mental não está apenas relacionada à ausência de transtornos mentais, mas também à forma como alguém reage aos desafios da vida, à maneira como harmoniza seus desejos, capacidades, ambições e emoções frente às dificuldades e adversidades. “Sendo assim, é preciso que o idoso mantenha-se usufruindo de um sólido suporte familiar e social, tenha acesso aos cuidados necessários para a manutenção de sua saúde e lazer. Além disso, é importante manter as visitas regulares ao médico e outros profissionais da saúde. O acompanhamento psicológico também se faz necessário em muitos casos”, finaliza.
Atendimento aos idosos – Por meio de programas, oficinas, eventos e consultas, o Programa Viver Bem da Unimed Campo Grande oferece, de maneira exclusiva, um cuidado especial aos beneficiários idosos, proporcionando prevenção e acompanhamento integral.
A atenção ao idoso oferece encontros semanais com acompanhamento profissional em diversas atividades temáticas, com ações educativas e de promoção da qualidade de vida, por meio de atividades temáticas, oficinas e socialização. São oferecidas oficinas de memória, cozinha experimental, atividades físicas com exercícios específicos de fortalecimento muscular, reeducação alimentar, entre outros.