As histórias, mitos e causos do Pantanal ganham destaque no projeto Um Pantanal de Histórias, que são oficinas ministradas pela Curumins Cia Teatral. Funcionando como uma troca de conhecimentos, as contadoras de histórias Conceição Leite, Maria Rita Oliveira e Anamaria Santana falarão da importância dos professores contarem essas histórias para seus alunos e ainda preveem uma troca de conhecimentos com o intuito de estimular a valorização da cultura sul-mato-grossense.
Este projeto foi contemplado pelo FIC (Fundo de Investimentos Culturais), promovido pela FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul), por meio da Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
No dia 15 de fevereiro aconteceu a primeira oficina para professores do distrito de Palmeiras (Dois Irmãos do Buriti) e nesta sexta-feira (24) acontece a oficina na escola municipal Franklin Cassiano, em Camisão (Aquidauana), para professores do próprio distrito e de Piraputanga.
O projeto nasceu da necessidade que Conceição e Anamaria veem em preservar as histórias pantaneiras. “Conceição é aquidauanense, ela é contadora de histórias e viveu um tempo no Pantanal quando era criança. Ela sabe as técnicas da contação de histórias e teve muita experiência com contação de histórias pantaneiras, então resolveu juntar essas duas coisas e surgiu o projeto”, afirma Anamaria.
Este rico material pantaneiro ainda é pouco conhecido pelos sul-mato-grossenses, por isso a necessidade dessa difusão dos causos e histórias. “O Estado tem uma história relativamente recente, as suas raízes culturais ainda não estão bem definidas. O Pantanal é um espaço reconhecido internacionalmente, mas que não tem somente as belezas naturais, tem o povo de lá e esse povo conta essas histórias e isso que é importante a gente divulgar, conservar”, frisa Anamaria.
Os distritos de Palmeiras e Piraputanga foram escolhidos por estarem à margem do rio Aquidauana, local conhecido como a borda do Pantanal. “É nessa borda que residem muitas pessoas com familiares pantaneiros, que já trabalharam em comitivas, nas fazendas, ali é a entrada do Pantanal”, detalha.
Durante a oficina, as ministrantes pedirão para que os participantes contem causos e histórias que eles conheçam, além de que eles poderão levar pessoas que vivem na comunidade para o conteúdo se tornar ainda mais abundante e haver uma valiosa troca de experiência.