Audiência Pública sobre o passaporte da vacina foi o tema desta tarde de segunda-feira (27). A discussão transcorreu no plenário Oliva Enciso, a partir das 14h00 e contou com participação de autoridades, contra e a favor da medida.
Convocada pela Comissão Permanente de Políticas e Direitos das Mulheres, de Cidadania e Direitos Humanos, composta pelos vereadores Camila Jara (presidente), Júnior Coringa (vice), Valdir Gomes, Clodoilson Pires e Ademir Santana, esse foi o primeiro evento com presença maciça de público desde a flexibilização das medidas de biossegurança na Casa de Leis.
Com ânimos esquentados desde o começo, grupos críticos ao projeto de lei que prevê o passaporte da imunização se manifestaram efusivamente, atrapalhando o momento de fala de várias autoridades.
De iniciativa do vereador Ayrton Araújo, as manifestações mais frequentes partiam de pessoas contrárias à medida. Munidas com bandeiras do Brasil e cartazes contrários à vacinação e com frases de ordem a favor da liberdade, em vários momentos, o grupo não permitia oradores contrários de falar, causando irritação em alguns.
Para defender o projeto de lei, Ayrton Araújo argumentou que “o projeto de lei será um incentivo a quem não se vacinou para procurar a imunização”. Representantes do comércio, se colocaram contra ao passaporte, relembrando que desde o início da pandemia cumpriram com todas as medidas impostas pelo poder público, e que agora, não há como acatarem mais uma proposição considerada.
O Secretário de Saúde, José Mauro Filho, apresentou que a lei seria para 15% dos cidadãos de Campo Grande que ainda não se vacinaram. “O município deve criar uma lei para a minoria das pessoas que não se vacinaram? Isso que deve ser colocado em discussão, assim como deve ser colocado em discussão a capacidade da cidade de fiscalizar a medida”.
Já o Secretário de Estado de Saúde (SES), Geraldo Resende, foi bem mais enfático que o colega. Despois de apresentar os dados e as conquistas da pasta desde o início da calamidade sanitária, Geraldo enfatizou as medidas tomadas. “Muitas vidas foram salvam, inclusive daqueles que querem interditar o debate, aqueles que pedem liberdade, são os mesmos que pedem para interditar o STF, que pedem intervenção militar, jogam no ralo todo os esforços e trabalho feito por minha geração. Se depender de mim essas pessoas não passarão”.
Após a fala de Geraldo, a audiência foi encerrada por parte do cerimonial, pois público e convidados estavam muito exaltados.
Assessoria Câmara.