Voltar ao mercado de trabalho depois de anos desempregado é o sonho de muitas pessoas. Quando se está longe da terra natal e não conhece quase ninguém, ou quando a situação já se tornou tão difícil, que foi preciso ir para a rua, o sonho parece impossível.
Para ajudar estas pessoas, a Prefeitura de Campo Grande criou o Núcleo de Inclusão Produtiva e Social (NIPS), um trabalho desenvolvido com o intuito de identificar as pessoas que enfrentam dificuldade na inserção ao mercado de trabalho.
O colombiano Evangelista Sinestina Anchico, 40 anos, conta, emocionado, que ‘uma luz volta a brilhar no fim do túnel’ com o auxílio recebido. “Eu vim para o Brasil na intenção de mandar dinheiro para ajudar minha família, esposa e sete filhos, mas acabei ficando desempregado. Agora, com essa ação muito boa d, uma luz volta a brilhar no fim do túnel e eu vou poder alugar um lugar para eu morar, além de ajudar minha família”, disse.
O NIPS é um plano de ação desenvolvido com o intuito de identificar as pessoas que enfrentam alguma dificuldade na inserção ao mercado de trabalho. “É um trabalho que nos garante agilidade e eficiência para atender estas pessoas bastante que estão em situação de vulnerabilidade. Um local onde eles encontram capacitação e encaminhamento ao mercado de trabalho”, explica o diretor-presidente da Funsat Luciano Martins.
O núcleo visa reduzir o desemprego no eixo de trabalhadores atendidos pelo Sine que se encontram em situação de vulnerabilidade social e estejam incluídos no grupo de diversidade sociocultural, seja nas questões de gênero, identidade sexual, raça/cor e territoriedade (imigrantes e/ou refugiados).
“Todos precisam de uma oportunidade, e o trabalho transforma a vida de uma pessoa. Ele resgata a dignidade e traz independência financeira, tirando essas pessoas da situação de acolhimento e reinserindo-as a sociedade. É nesse trabalho que acreditamos e temos nos empenhado cada dia mais. Acolhendo, capacitando e encaminhando ao mercado”, ressalta a vice-prefeita Adriane Lopes.
A venezuelana Leida Yolimar Morocoima, 49 anos, recebeu este apoio, que foi fundamental para o recomeço da vida. “Uma amiga me indicou a Funsat e, chegando lá, eu senti confiança nas pessoas e fui muito bem atendida. Hoje não sou mais diarista, tenho minha carteira assinada e estou muito feliz com meu emprego e muito grata por todos que me ajudaram”, comemora.
Através do NIPS é possível observar que muitas pessoas que hoje se encontram em situação vulnerável já tiveram emprego, possuem documentação, cadastro do PIS, carteira de trabalho, ou seja, passaram algum dia pelo mercado formal de trabalho.
“Estes candidatos estão estigmatizados pela situação socioeconômica, decorrente da baixa escolaridade, falta de qualificação e experiência. Isso requer um olhar mais humanizado e técnico, para que possamos atender, seja por meio de emprego formal ou através da inclusão no programa de natureza assistencial, o Proinc, que oferece uma renda mensal, mais cesta básica e qualificação”, pontua o coordenador do setor de Assistência Social, Odair José.
Portal PMCG.