Em defesa do potencial turístico que Mato Grosso do Sul tem, o deputado Renato Câmara (MDB) discursou durante sessão plenária desta quarta-feira (1) para pedir investimentos públicos nas Unidades de Conservação Ambiental presentes no estado, para a criação de mais emprego e renda.
“Temos mais de 100 unidades com as portas fechadas que precisam ter investimentos para ontem, para poder cumprir com sua missão social e econômica à nossa sociedade, de poder gerar o turismo de contemplação, a possibilidade de pesquisas, momentos de lazer com a família. Hoje lembramos apenas de Bonito, do Pantanal e uma parte dos rios para pescaria, mas o MS tem um super potencial de turismo que não aproveita. Saiu pesquisa que somente em Bonito, um turista de fora gasta em média R$ 500 por dia”, explicou.
O parlamentar comparou as unidades de conservação com empreendimentos de outras áreas. “Às vezes a gente pensa em grandes empresas, em trazer uma grandes indústrias, dar concessão de impostos. Sendo que só no turismo, cada parque desse é uma empresa. Temos 100 empresas à disposição do Estado, que podem gerar recursos e não se aproveita. Uma consulta pública estimou que somente o Parque Nacional da Serra da Bodoquena recebe cerca de 70 mil pessoas por ano, movimentando toda uma cadeia produtiva. Nós temos essa caderneta de poupança”, destacou.
Para tanto, ele citou o trabalho da Frente Parlamentar para o Desenvolvimento das Unidades de Conservação Ambiental – da qual foi presidente na última legislatura e reapresentou pedido para continuidade na 12ª Legislatura – que tem intermediado diversas discussões entre entes públicos e privados, além da sociedade civil, para alinhar potenciais locais de turismo sustentável. Saiba mais sobre a atuação desta Frente clicando aqui.
“Pelo trabalho da Frente conseguimos que o Estado participasse de edital do BNDES e hoje temos cinco Unidades de Conservação em estudos para iniciar um trabalho de turismo. Com um plano de manejo técnico, bem elaborado, com sustentabilidade, teremos condições de fazer de Mato Grosso do Sul o portal do turismo do Brasil. E essa Frente Parlamentar vai ter um grande papel no futuro dessa matriz econômica, para apresentar nosso estado de uma forma bonita e produtiva para todo mundo. Antes eu pensava: ‘Quem que vai vir para os nossos parques contemplar aves?’ Hoje eu sei que tem gente do mundo inteiro. Temos mais de 300 espécies. Itália e Grécia vivem do turismo, por que nós não podemos também?”, comparou.
Ivinhema
Um exemplo de potencial citado pelo deputado Renato Câmara foi o Parque Estadual das Várzeas do Rio Ivinhema, que possui 73.345,15 hectares localizados na Bacia do Rio Paraná, abrangendo os municípios de Jateí, Naviraí e Taquarussu. Criado em 1998, foi a primeira Unidade de Conservação do Estado.
“Ontem tive uma grande emoção de poder participar da inauguração de uma pista de pouso e da entrega de duas aeronaves para combater incêndios desse parque, que lembro da inauguração junto ao meu saudoso pai [ex-deputado Nelito Câmara]. Na inauguração também foi entregue um hangar, com depósito para reabastecimento, estão reformando as estruturas e pedimos ainda a reforma do posto policial e a estrada de acesso a todo parque. Vamos aproveitar as compensações ambientais das empresas e investir nos parques. Perto desse, na região de Ivinhema, foram construídas casas de milhões, com marinas e pessoas que passeiam com lanchas, que querem consumir ainda mais turismo. Faz divisa com São Paulo e Paraná, olha todo esse potencial.”, sugeriu Câmara.
O presidente Gerson Claro (PP) parabenizou a colocação do tema e relembrou o potencial dos parques urbanos. “Temos o exemplo do Ibirapuera em São Paulo, o Jardim Botânico no Rio de Janeiro e o de Curitiba. Aqui temos o das Nações Indígenas, podendo se tornar um dos maiores centros de visitação de Mato Grosso do Sul. O Turismo é uma grande indústria, sem dúvidas”.
Agência ALEMS.