O júri popular condenou Jamil Name Filho, de 46 anos, a 23 anos e 6 meses de prisão, pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e emprego de emboscada e porte ilegal de arma. Ele é apontado como mandante da tentativa de assassinato do ex-policial militar Paulo Roberto Teixeira Xavier, 52, e acabou sendo o responsável pelo fuzilamento de Matheus Coutinho Xavier, filho do alvo, aos 20 anos, morto por engano, que era estudante na época dos fatos.
Inicialmente, ele deve cumprir prisão em regime fechado. Jamalzinho como é conhecido, é filho de Jamil Name.
Quem proferiu a sentença foi o juiz Aluízio Pereira dos Santos, que aplicou pena de 20 anos de prisão para homicídio qualificado e de 3 anos e 6 meses para o de porte ilegal de arma. Jamilzinho foi absolvido da acusação de receptação, em relação ao carro usado na execução.
Também foi condenado o ex-guarda municipal Marcelo Rios, 46, e o policial civil aposentado Vladenilson Daniel Olmedo, 64, apontados como os organizadores da execução. Olmedo, foi condenado também por homicídio qualificado, 18 anos, e porte ilegal de arma, 3 anos e 6 meses. A pena foi de 21 anos e 6 meses.
Marcelo Rios foi condenado a 18 anos de prisão por homicídio qualificado, 3 anos e 6 meses pelo porte ilegal de arma e 1 ano e 6 meses pelo crime de receptação, tornado a pena total em 23 anos.
A defesa dos três réus informou ao juiz que irá recorrer da decisão.
Somadas as penas, “Jamilzinho” tem 46 anos e 8 meses para cumprir na cadeia.
Esta é a primeira condenação de alvos da Omertà, operação batizada com nome que faz alusão ao pacto de silêncio e fidelidade cobrado pelos chefões da máfia italiana – em um Tribunal do Júri, instituição do Poder Judiciário responsável por julgar crimes dolosos (com intenção) contra a vida.