Por: Adriana Giacomin*
Não é novidade que a maneira como produzimos e consumimos tem um impacto significativo em nosso planeta. O plástico convencional, uma inovação revolucionária do século passado, sempre cumpriu um papel essencial para o desenvolvimento de diversos setores da economia, mas também se tornou um dos principais protagonistas da poluição e degradação ambiental. Só no Brasil, foram geradas 13,7 milhões de toneladas de resíduos plásticos em 2022, o que equivale a 64 quilos por pessoa no ano.
Para mudar esse cenário, é preciso modificar o que pode ser chamado de cultura do plástico, e rápido. Todos os envolvidos – empresas, indústrias, governos, consumidores – devem ter o entendimento que o futuro do plástico é agora e priorizar soluções, com base na ciência, tecnologia e inovação, é um caminho para incentivar alternativas antes que seja tarde demais. Isso porque trata-se de um produto que faz parte da vida humana, é essencial, eficiente e versátil, mas tem resíduos mal gerenciados e pouco reciclados ou reutilizados.
Além disso, já existem outros meios de embalar sem causar o mesmo impacto ambiental, como é o caso do plástico biodegradável, um material não tóxico, que biodegrada em até 20 meses e serve de alimento para microorganismos, sem deixar microplásticos nocivos na natureza. Na América Latina, são produzidas aproximadamente 200 mil toneladas de bioplástico por ano, segundo pesquisa realizada pela BRASKEM, em 2020, e a expectativa é que esse mercado cresça 22,8% até 2029, percentual que indica um mercado promissor, mas precisamos ter em mente de que é possível expandir ainda mais se houver conscientização e a adoção de medidas eficazes.
Essa projeção é reflexo da demanda do próprio consumidor. Uma pesquisa encomendada pela Bioelements – referência em soluções inovadoras e sustentáveis para o mercado de embalagens – em parceria com a Netquest e La Vulca, constatou que 82% dos consumidores consultados preferem embalagens ecológicas às embalagens convencionais de mesmo preço. Além disso, 68% afirmam estar mais atentos às embalagens e produtos que compraram recentemente.
Materiais biodegradáveis podem substituir o plástico convencional com uma ampla gama de aplicações, são ambientalmente amigáveis e economicamente viáveis para as empresas. Na Bioelements as formulações BioE atendem a essa necessidade em seis países na América, com perspectiva de triplicar as ações neste ano. Para garantir a qualidade e a segurança dos consumidores e companhias ao optar pelo plástico biodegradável, a companhia forma alianças estratégicas com universidades e centros científicos para que as formulações sejam realmente eficazes em diversas situações, desde a compostagem industrial e caseira até a decomposição na natureza e no mar.
Ao adotar alternativas sustentáveis ao plástico convencional, as empresas não apenas cumprem seus objetivos de responsabilidade ambiental, mas também agregam valor às suas marcas. A proteção da biodiversidade e a promoção da sustentabilidade são cada vez mais valorizadas pelos consumidores conscientes. É preciso se comprometer em continuar desenvolvendo soluções e agir por um futuro mais verde para as gerações futuras. Ainda dá tempo!
*Adriana Giacomin é Country Manager Brasil na Bioelements