A retomada da carga horária de 06 horas aos servidores estaduais, foi defendida pela deputada estadual Mara Caseiro, na sessão de hoje da Assembleia Legislativa. Desde o ano passado, a parlamentar tem atuado em favor da categoria.
Aos secretários estaduais de Governo, Pedro Arlei Caravina e de Administração, Ana Carolina Nardes, a deputada solicitou a realização de estudos para a volta da carga horária dos servidores estaduais para expedientes de 06 (seis) horas ininterruptas das 7h30 às 13h30 e das 11h30 às 17h30.
“Hoje, esses servidores cumprem horário das 7h30 às 17h30. Essa mudança de carga horária ocasionou diversos impactos nas rotinas de nossos servidores, além de gerar aumento com gastos de material e pessoal nas repartições públicas estaduais, implicando em desobediência ao princípio da eficiência, base de nosso ordenamento administrativo”, afirmou a parlamentar.
No pedido, Mara Caseiro destacou a existência de estudos e exemplos bem-sucedidos de redução de jornadas de trabalho em outros países. “A OCDE – Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – elaborou ranking dos países com as menores jornadas de trabalho correlacionando-os com a melhor qualidade de vida de seu cidadão e da economia local”, disse ela.
Estão na lista de países que já adotaram como prática a redução de carga horária de seus colaboradores: Holanda, Dinamarca, Alemanha, Suíça, Irlanda, Áustria, Itália, Suécia e França. “Esses países mega desenvolvidos e superpotências econômicas, fizeram estudos que atestam que após 6h de trabalho, os níveis de produtividade caem abruptamente, sendo mais vantajoso às empresas e indústrias aproveitarem somente a capacidade laborativa máxima de seus colaboradores”, destacou a deputada.
Também consta no pedido feito ao governo estadual, o estudo da neurocientista brasileira Dra. Thais Gameiro, fundadora da consultoria Nêmesis que possuí estudos técnicos e experimentos quanto ao tema.
Diante das justificativas, a deputada solicitou a retomada da carga horária para 6 horas diárias, com turnos de revezamento de pessoal. “Esse pedido é lícito e importa em eficiência do serviço público, sobretudo, porque durante o período pandêmico esta foi a jornada adotada e apurados melhores resultados na prestação do serviço”, finalizou.