As projeções para a safra de milho 2022/2023 foram apresentadas em evento ontem (15), na sede do Sistema Famasul, em Campo Grande. Os dados sobre as perspectivas para esta temporada foram detalhados em apresentação do Projeto “Mais Milho 2023”, que marcou a abertura nacional do plantio do grão.
Em Mato Grosso do Sul, a expectativa é de que a área destinada ao milho 2ª safra 2022/2023 seja de 2,32 milhões de hectares, 5,4% maior que o ciclo passado. A produtividade estimada é de 80,33 sacas por hectare, com produção de 11,2 milhões de toneladas, retração de 12,28% comparada a 2021/2022, segundo dados do projeto Siga/MS.
“A segunda temporada do milho no estado confirma o nosso potencial agrícola. Com todas as suas utilidades, abrimos uma janela econômica e social, com diversificação, intensificação, desenvolvimento e geração de emprego no campo e na cidade. Resultado do comprometimento e investimento do produtor que tecnifica suas lavouras e as torna cada vez mais sustentáveis”, afirma o presidente do Sistema Famasul, Marcelo Bertoni.
“Pela primeira vez, o principal produto exportado pelo estado, em janeiro, foi o cereal. Observamos a expansão da avicultura e suinocultura, com os incentivos diretos. Atraímos a indústria, uma já instalada em Dourados e outra que será inaugurada em Maracaju, e a previsão é de que ambas absorvam 30% da nossa safra”, ressalta o secretário da Semadesc, Jaime Verruck, representando o governador de MS, Eduardo Riedel.
O evento aconteceu por meio de uma parceria da Abramilho (Associação Brasileira dos Produtores de Milho), Canal Rural, Aprosoja MT, Aprosoja MS, Sistema Famasul, e as empresas Bayer, Ihara, Brevant Sementes, Safras e Mercado e Vence Tudo.
“Temos no estado o perfil de formar parcerias, de reunirmos empresas públicas e privadas, instituições de pesquisas e tecnologia, para fortalecer o agro e converter em resultados. Com o cenário desafiador, principalmente climático, o produtor tem que se calçar na ciência, utilizando as técnicas já testadas, que geram recordes em áreas e produtividade no campo”, explica o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.
Perspectivas para a safra de milho 2022/2023. Este foi o foco do debate entre especialistas durante o Painel Técnico ‘Produção e Desenvolvimento da Cultura do Milho em MS’, uma realização do Senar/MS, nesta quarta-feira (15), na sede do Sistema Famasul.
Participaram do debate Edésio Vilela, gerente comercial da Ihara; Rodrigo Nuernberg, diretor de Milho Bayer; Daniela Barros, gerente de marketing Brevant Sementes; Paulo Molinari, consultor da Safras e Mercado; André Dobashi, presidente da Aprosoja/MS e como mediador Glauber Silveira, diretor-executivo da Abramilho.
“O Brasil se tornou o maior exportador de milho do mundo. A produção de etanol chega a 5,5 milhões de litros, aumento de 800% em cinco anos, com expectativa para 10 milhões de litros esse ano. A produtividade e o desempenho dos últimos anos acompanham a perspectiva para otimista”, afirma o diretor-executivo da Abramilho, Glauber Silvério.
Toda a agenda reuniu lideranças e representantes de entidades ligadas às principais cadeias produtivas do estado; representantes do Governo de MS; de instituições de pesquisa, financeiras, entidades de classe e cooperativas.
Participaram ainda o diretor-tesoureiro da Famasul, Frederico Stella, o superintendente do Senar/MS, Lucas Galvan, e presidentes de Sindicatos Rurais do estado.