A Polícia Civil, por meio da Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) prendeu em flagrante um casal, após o filho da mulher, uma criança de apenas 1 ano e 1 mês de idade dar entrada em uma clínica da capital com lesões na cabeça e indícios de violência.
Tão logo se teve notícia dos fatos, uma equipe da delegacia deslocou-se à clínica, onde fizeram contato com o médico que atendia a vítima e que lhes disse que a criança estava com as duas clavículas quebradas, traumatismo craniano e pneumotórax (presença de ar na pleura, membrana que reveste os pulmões).
A autoridade policial e sua equipe foram à residência do casal, onde foi realizada perícia. A genitora e o padrasto da vítima afirmavam que a criança havia caído da cama, por volta das 7h daquele dia, e que por volta das 9h ele teria piorado o quadro de saúde, passando a vomitar. Eles, então, teriam socorrido a criança para uma unidade do SAMU.
Após serem confrontados com algumas contradições em suas falas, o casal mudou a versão dos fatos e passou a sustentar que ambos saíram de casa para que a mulher fizesse um serviço de manicure e deixaram a criança sozinha na residência. Depois de alguns minutos, o padrasto do menino teria voltado para a casa e encontrado o garoto caído no chão, deduzindo que ele teria caído do sofá, onde tinha sido deixado.
Ainda de acordo com o padrasto, por volta das 9h, quando a criança começou a piorar ele teria realizado respiração boca a boca e massagem cardíaca na criança, levando-o em seguida para o SAMU.
Conduzidos à DEPCA, ambos foram presos em flagrante pelo cometimento dos crimes de abandono de incapaz, com causa de aumento de pena em razão da ocorrência de lesão grave na vítima e por fraude processual, já que durante a investigação e realização da perícia na casa, eles simularam outra dinâmica dos fatos, de modo a induzir a erro a autoridade policial e os peritos que faziam o exame.
A autoridade policial representou pela decretação da prisão preventiva dos suspeitos e ambos seguem presos, aguardando decisão judicial.
A polícia não descarta a ocorrência de maus-tratos e de lesão corporal dolosa, que poderão ser evidenciados após a realização de exames perícias e demais diligências em andamento.
PCMS.