Mato Grosso do Sul está perto de ganhar um Centro de Pesquisas Clínicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O governador Reinaldo Azambuja recebeu os pesquisadores Julio Henrique Rosa Croda e Rivaldo Venâncio da Cunha nesta terça-feira (12) e assumiu o compromisso de buscar recursos de emendas parlamentares e disponibilizar dinheiro do Estado para a construção do prédio de cinco andares em Campo Grande.
“Assumimos o compromisso de, em um trabalho conjunto com a Fiocruz, buscar a bancada federal e conversar com o relator-geral do Orçamento da União, Marcio Bittar, além de disponibilizar recursos do Estado de Mato Grosso do Sul porque entendemos que é muito importante a construção desse Centro de Pesquisas Clínicas. Não é só um prédio, tem todas as pesquisas envolvidas. A Fundação Oswaldo Cruz tem feito um excelente trabalho, inclusive em busca de soluções para a pandemia”, afirmou Reinaldo Azambuja.
De acordo com o pesquisador Rivaldo Venâncio, a construção do Centro colocará Mato Grosso do Sul em um patamar que poucos estados estão em infraestrutura de pesquisa. “Esse Centro vai criar as condições materiais, toda uma infraestrutura necessária para que esse potencial que tem em Mato Grosso do Sul possa ser utilizado em larga escala. Teremos, por exemplo, projetos para testar novas vacinas, não somente Covid-19, novos kits para diagnósticos de várias doenças e todas as pesquisas necessárias para o desenvolvimento e incorporação de novas tecnologias não somente para o sistema público de saúde, mas também para o privado”, explicou.
A escolha de Mato Grosso do Sul levou em consideração aspectos como condições epidemiológicas, localização geográfica e a existência de cientistas reconhecidos no país por liderarem grupos de pesquisa. O custo estimado do projeto é de R$ 20 milhões.
De acordo com Julio Croda, além do avanço científico, o Centro poderá atrair indústrias farmacêuticas e movimentar a economia de Mato Grosso do Sul. “É importante o investimento em ciência na área da saúde. E esse investimento está sendo proporcionado pelo governador e pelo secretário de Saúde, Geraldo Resende, no desenvolvimento de diversas pesquisas aplicáveis. O Centro vai gerar produtos que vão retornar para a sociedade. Essa parceria entre gestor, cientistas e instituições de pesquisa geram frutos também no desenvolvimento econômico”.
Ele disse ainda que o Centro vai funcionar por meio de parcerias com as instituições de ensino sul-mato-grossenses no desenvolvimento de pesquisas clínicas. “Apesar da Fiocruz estar liderando esse Centro de Pesquisa Clínica, a gente sempre trabalha em parceria. E o objetivo é continuar essa parceria com as universidades públicas, como UEMS, UFMS, UFGD, e privadas do Estado”, disse.
O processo para implantar o Centro de Pesquisas em Mato Grosso do Sul teve início em 2007 e agora a Fiocruz entendeu ser o momento apropriado de retomar o projeto. A fundação já conta com um terreno, doado pela prefeitura à época, para a instalação do prédio.
Também participaram da reunião o secretário de Estado de Saúde, Geraldo Resende, e a secretária-adjunta, Christine Maymone.
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