A Polícia Civil elucidou um homicídio ocorrido em Juti-MS, no final de novembro do ano passado, que vitimou um adolescente de 13 anos, na aldeia indígena Taquara. Após cerca de um ano de investigação, os autores do crime foram presos no último dia (2), pela Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar, e vão responder por homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e com recurso que dificultou a defesa do ofendido e ainda por ocultação de cadáver.
Os autores G.M., 27 anos, A.M., 31 anos e C.P., 25 anos foram presos, por determinação judicial, após solicitação de prisão preventiva feita pela autoridade policial, que presidiu o inquérito.
O caso
De acordo com o boletim de ocorrência, no dia 29/11/2020, por volta das 13 horas, um adolescente de 13 anos saiu de sua residência, na aldeia indígena Taquara, localizada no município de Juti, e não retornou, razão pela qual seus familiares começaram a procurá-lo. O corpo da vítima foi encontrado um dia depois, pela mãe dele, em estágio inicial de putrefação, em um matagal, próximo à estrada que dá acesso à aldeia.
Diante dos fatos, policiais civis da Delegacia de Juti e uma equipe da perícia técnica compareceram na cena do crime e deram início às investigações, com o fim de identificar e localizar os autores. As primeiras informações indicavam que o adolescente teve a vida ceifada por golpes de faca ou similar, depois foi arrastado para o matagal, onde teve seu corpo queimado parcialmente.
Durante as investigações, a Polícia Civil conseguiu identificar três suspeitos, dois homens e uma mulher, sendo esclarecidos os detalhes da empreitada criminosa. Apurou-se que o garoto foi morto porque teria praticado pequenos furtos na localidade.
Ele foi atingido por diversos golpes de facão, depois teve o corpo arrastado até um matagal, onde os suspeitos jogaram aguardente nele e depois atearam fogo, não havendo possibilidade de defesa.
Na conclusão das investigações, a autoridade policial representou pela prisão preventiva de dois suspeitos, G.M., e A.M., um homem e uma mulher, havendo a inclusão do terceiro suspeito C.P., por parte do Ministério Público. A solicitação foi deferida pelo Poder Judiciário e assim que o mandado de prisão foi expedido, no dia 02/11/2021, uma equipe da Polícia Civil, com apoio de uma guarnição da Polícia Militar, foi até a aldeia indígena, onde localizaram e prenderam os três suspeitos, todos denunciados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
PCMS.