O senador Nelsinho Trad (PSD/MS) participou online na noite dessa terça-feira de conferência internacional sobre a cooperação entre oito países como resposta ao desafio da preservação e do desenvolvimento regional da Amazônia. Há quase um ano, Nelsinho Trad liderou, no Senado Federal, a iniciativa de reativar o Parlamento Amazônico com esse objetivo e, atualmente, preside o colegiado amazônico.
Segundo o senador, o Parlamaz tem a importância de dar voz às comunidades nativas diante de desafios como o coronavírus e a preservação do bioma. “Ninguém mais livre e soberano do que o parlamentar eleito pela sua população para poder passar a narrativa certa do que ele está vivenciando no território amazônico do seu país, ” defendeu o parlamentar sul-mato-grossense durante a conferência.
Os participantes do evento são alunos do Curso de Relações Internacionais oferecido pelo Ministério das Relações Exteriores da Bolívia. A capacitação é voltada a parlamentares supranacionais, eleitos para representar seu país nos parlamentos estrangeiros.
Após a eleição, o Ministério das Relações Exteriores da Bolívia oferece o curso em sua Academia Diplomática Plurinacional, que equivale ao Instituto Rio Branco no Brasil.
Na noite passada, o presidente do Parlamaz também expôs aos participantes as prioridades do plano de trabalho do Parlamento Amazônico para este ano.
O colegiado elencou quatro temas principais para o acompanhamento e diplomacia parlamentar: fazer o monitoramento genômico do coronavírus na região através da rede de cooperação dos institutos nacionais de higiene (a exemplo da Fiocruz no Brasil); o acompanhamento do acesso a vacinas e insumos de saúde relacionados à covid; a realização de um congresso ou seminário para debater o desenvolvimento sustentável da Amazônia; e, por fim, a necessidade de um monitoramento da preservação da Amazônia. “No Parlamento Amazônico queremos um diálogo aberto sobre nossas diferenças e convergências, de maneira a tornar este Parlamento atrativo e eficiente. A pandemia, maior preocupação atual, demonstrou como nossos países estão distantes das grandes redes mundiais de abastecimento de tecnologias de saúde. Somos ainda muito dependentes. Podemos e devemos superar a importação de tecnologias de saúde (medicamentos e vacinas) através da cooperação internacional.”
O Parlamaz é um organismo regional permanente e unicameral, que foi legitimado em abril de 1989 por declaração conjunta dos oito países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica: Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. O colegiado foi reativado no fim de 2020, após quase nove anos sem funcionar.”Temos tudo para poder trabalharmos unidos, nos fortalecer, ganhar uma credibilidade no meio internacional muito importante para que a gente possa avançar nas políticas públicas de cooperação para o fortalecimento do território amazônico e seus respectivos países. Entendo que, com essa reativação, a gente já se faz presente em diferentes instâncias internacionais”, concluiu o presidente do Parlamaz.
Assessoria.