Na véspera do discurso de Jair Bolsonaro na 76ª Assembleia Geral das Nações Unidas (UNGA), ativistas projetaram imagens ao lado da ponte do Brooklyn alertando sobre os perigos da chegada do presidente não-vacinado. As imagens destacam a agenda anti-ambiental de Bolsonaro, que levou à destruição generalizada da floresta amazônica, aos ataques sistemáticos aos direitos dos povos indígenas no país, ao manejo inadequado da pandemia e ao enfraquecimento das instituições democráticas no Brasil. Ativistas e aliados brasileiros estão convocando os líderes mundiais e a comunidade global para responsabilizar Bolsonaro pelas múltiplas crises que seu governo causou no país e globalmente.
A participação de Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU tem sido cercada de polêmica desde que o presidente declarou sua condição de não vacinado, o que viola o mandato interno de vacinação de Nova York. Seu desrespeito coloca em risco todos com quem ele entra em contato; de funcionários de hotéis e restaurantes a delegados e funcionários da ONU. Conforme noticiado na imprensa, a equipe de Bolsonaro passou a semana tentando contornar a ordem do prefeito da cidade, Bill De Blasio, tentando fazer acordos para que ele não tivesse que ser vacinado para comparecer.
O Comitê Defend Democracy in Brazil (DDB-NY) está organizando uma série de atos e fez parceria com The Illuminator e Greenpeace USA para projetar as imagens às vésperas da Assembléia. Os protestos de rua estão sendo organizados com grupos de base de ação climática, anti-fascistas e de brasileiros em Nova York.
“As ações do Bolsonaro no Brasil são um ataque direto aos direitos humanos, ao meio ambiente e à saúde global. Ao se gabar de sua condição de não vacinado na cidade de Nova York, Bolsonaro mostra seu total desprezo pela vida humana e pelas famílias das vítimas do COVID-19 no Brasil e nos Estados Unidos. As ações de Bolsonaro não devem ficar impunes. Ele mentiu em seus discurso na ONU no passado e o fará novamente. Ele precisa ser envergonhado, se não for coibido pela própria ONU”, disse Natália de Campos, do DDB-NY.
O Comitê Defend Democracy in Brazil formou uma coalizão com outros grupos e juntos se manifestaram contra Bolsonaro já em maio de 2019, repudiando suas visões racistas, homofóbicas e anti indígenas. [1] Vários grupos desta coalizão agora organizam uma manifestação em 21 de setembro na 2ª avenida com a rua 45, enquanto Bolsonaro falará na Assembléia Geral da ONU.
Fonte: Brasil 247.