A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul, com o auxílio do Instituto de Análises Laboratoriais Forenses (IALF), conseguiu identificar uma ossada encontrada em 07 de março de 2020, às margens da BR-163, em uma plantação de soja. Trata-se de Antônio Ailton da Silva, de 53 anos, que havia desaparecido em 21 de fevereiro de 2020.
A informação foi repassada esta manhã pelo delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídio (DEH), Carlos Delano e pela diretora do IALF, Josemirtes do Prado, em coletiva de imprensa, realizada na sede da DEH.
De acordo com Delano, quando a ossada foi localizada, coletaram-se uma amostra de DNA, que foi armazenada no banco de dados do instituto, como de indivíduo desconhecido. E em maio deste ano, quando foi lançada a Campanha Nacional para Coleta de DNA de Familiares de Desparecidos, os familiares de Antônio forneceram material genético para confronto, que deu positivo quando os dados foram cruzados.
Conforme o delegado, esta campanha veio para ajudar a acelerar o processo de identificação de cadáveres. “Se não tivesse esta ferramenta, a identificação deste cadáver demandaria dos métodos tradicionais de investigação (cruzamento de dados e testemunhas), o que demanda um esforço e dificuldades muito maiores. Com a inserção do DNA no banco de dados, encurtou-se o caminho e conseguimos dar uma resposta para a família. Infelizmente não é o resultado desejado, mas pelo menos a família sabe o que aconteceu com ele”, explicou.
No caso de Ailton, não foi possível identificar a causa da morte, mas conforme laudo do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), não havia indícios de morte violenta, o que leva a crer que ele tenha tido uma morte natural. Segundo informado pela família, a vítima sofria com alcoolismo e não tinha nenhuma passagem policial.
2ª fase da campanha
De acordo com Josemirtes, a próxima fase da campanha será coletar material genético de moradores de rua e pessoas que vivem em casas de acolhimento e lançar no banco de dados nacional, para que se consiga identificar e localizar um maior número de pessoas desaparecidas. “Ainda não há data marcada para iniciar esta nova etapa, mas será em breve”, comentou.
PCMS.