Os professores aceitaram por unanimidade aceitaram o reajuste escalonado de 67% até 2024, após assembleia geral da categoria na sede da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) nesta sexta-feira (11) e não entrarão mais em greve, que estava programada para o dia 17 deste mês.
A proposta foi feita pelo prefeito Marquinhos Trad (PSD) representado por membros da Prefeitura Municipal hoje. Desde o começo do impasse, o prefeito disse que não tinha como dar 100% de reajuste como os professores queriam e ainda disse que quem aderisse à greve teria o ponto cortado.
O prefeito ainda disse que “tem quase certeza que os motivos por trás dessa vontade da categoria, são políticos para arruinar sua candidatura ao Governo”.
De acordo com o decidido em assembleia, reajuste será feito da seguinte maneira: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024 e 11,67% em outubro/2024. Sendo que os valores futuros serão reajustados de acordo com o piso nacional atual.
Em discussão entre a assessoria jurídica da ACP e prefeitura, após a apresentação, pelo sindicato, de minuta de lei que define a integralização do valor do piso nacional do magistério ao piso municipal 20h, foi acordado que a prefeitura formalizará a referida proposta e encaminhará, na segunda-feira (14), para a direção do sindicato. O texto passará por análise da assessoria jurídica da ACP, a fim de consolidar os termos acordados na proposta aprovada na assembleia desta sexta-feira. Caso não esteja em conformidade com a proposta aprovada, ficou definida a realização de assembleia geral na terça-feira (15), às 17h30 para deliberar greve.
“A categoria do magistério tem dado uma aula de cidadania, de organização, de como deve ser a luta por direitos. A ACP está completando 70 anos de luta e isso é muito significativo e importante. Nenhuma ameaça desestabilizou a categoria ou abalou a confiança no sindicato e nossa mobilização. Hoje, desde às 7h da manhã os professores estão em luta na ACP. A conquista de um cronograma para integralização do piso municipal é resultado da luta da categoria, desde 2012. A verdadeira valorização da educação somos nós, educadores e educadoras, que construímos. Seguimos firmes e atentos aos próximos passos para efetivação desta vitória”, avalia o presidente da ACP, professor Lucilio Nobre.
Com informações da ACP-MS.