A finasterida é o medicamento mais famoso para calvície e também o mais temido pelos homens. Este temor adquire proporção ampliada quando se faz uma simples busca no Google. Juntamente com os benefícios para quem precisa tratar a alopecia androgenética, o que saltam aos olhos são efeitos colaterais importantes relacionados ao uso oral do remédio. Impotência e redução de libido fazem parte desta lista. Estudos de revisão realizados por pesquisadores canadenses atestam, no entanto, que a aplicação tópica, em forma de spray e gel no couro cabeludo, reduz significativamente o potencial dos riscos. Isso representa segurança e tranquilidade para quem tem a prescrição da finasterida para tratamento.
A finasterida foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 1998. Nos Estados Unidos, desde 1995, quando foi liberado pelo FDA, o medicamento tornou-se um dos mais populares para o tratamento da calvície. “Pelos benefícios, é amplamente prescrito em casos de perda progressiva de cabelo e para melhorar a densidade capilar”, observa o especialista em Ciências Médicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Lucas Portilho.
Tecnicamente, a finasterida é um medicamento antiandrogênico que inibe a 5-alfa-redutase, conversor da testosterona em dihidrotestosterona (DHT). A DHT é a principal causa do afinamento progressivo dos fios de cabelo. Em estágios avançados, o fio desaparece de maneira definitiva.
“Em vários congressos médicos, dos quais participei, um dos focos do debate era justamente a possibilidade de eliminar as preocupações dos pacientes quanto aos efeitos colaterais do medicamento”, conta Portilho, que também é mestre em Ciências Médicas com ênfase em Proteção Solar. Um dos grandes temores decorrentes da utilização da finasterida, destaca o especialista, é a disfunção erétil.
Mas a boa notícia vem através de cientistas canadenses e diz respeito ao uso tópico da finasterida. “Após um estudo de revisão de várias pesquisas realizadas sobre o medicamento, os cientistas constataram que, aplicada em spray ou gel no couro cabeludo, a finasterida não apresenta os temidos efeitos colaterais do remédio por via oral”, afirma Portilho. “De forma bem simplificada, a conclusão dos estudos revela que a finasterida tópica é eficiente para inibir a DHT, porém sem as consequências indesejáveis do uso como comprimido.
No Brasil, a finasterida em gel e spray não existe na versão industrializada. “O mercado de farmácias de manipulação é o único a oferecer o produto”, diz. “Em nosso laboratório, desenvolvemos estas versões para uso tópico e que apresentam ótimos resultados em testes”, completa.
Da mesma forma que a finasterida em comprimido, as versões para uso tópico são medicamentos. “Por isso, é extremamente importante que o médico seja consultado para prescrever o tratamento mais adequado para cada paciente”, finaliza Lucas Portilho.
Assessoria.