Levantamento feito pelo DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) aponta que em relação a cesta básica de Campo Grande, que registrou a variação mais expressiva entre as capitais pesquisadas no preço da batata em 12 meses 122,89%. Em maio, farinha de trigo e pão não registraram variação nos preços.
Valor da cesta: R$ 748,48. Valor da cesta básica para uma família com quatro pessoas: R$ 2.245,44. Variação mensal: 2,15%. Variação no ano : 7,28%. Variação em 12 meses: 3,37%.
Os preços de farinha de trigo (0,00%) e pãozinho francês (0,00%) não registraram variação no mês de maio na capital, permanecendo com preços médios de R$ 4,00 o quilo do cereal, e de R$ 16,32 o quilo do derivado, conforme dados de abril. Em 12 meses, a farinha registrou retração de (-16,19%) e o pãozinho, alta de 1,37%.
A contínua queda nos preços da banana nanica, que chegou a ser encontrada a R$ 2,99 o quilo, contribuiu para que se registrasse a segunda retração consecutiva no preço da banana (-19,44%). Na comparação com maio de 2023, o percentual acumulado é negativo (-2,39%), situação que pode se manter dada a perspectiva do avanço da safra da banana prata.
O feijão carioquinha (-7,59%) completou um trimestre de retração de preços no quinto mês do ano. Depois de ultrapassar o preço médio de R$ 9,00 em fevereiro, o valor ficou na casa dos R$ 7,00 em maio, com tendência de retração graças à boa oferta da segunda safra do grão.
Seja em 12 meses (-0,77%), seja na variação mensal, o açúcar cristal (-0,51%) apresentou retração de preços, processo que havia sido interrompido em abril. Em maio, observou-se crescimento na produção do adoçante em função do aumento de usinas produtoras em operação.
Ainda que apresente três safras ao longo do ano, a baixa oferta da batata (44,32%) fez com que o tubérculo registrasse a variação mais expressiva entre os itens que compõem a cesta básica. No intervalo de um ano, o quilo do tubérculo passou de um preço médio de R$ 4,50 para R$ 10,03, variação de 122,89% – a maior registrada entre as capitais pesquisadas pelo DIEESE.
Completaram um trimestre de altas os preços do tomate (10,90%) e do leite de caixinha (8,49%). O preço da manteiga (0,79%) acompanhou a alta do leite, e com o 7 novo aumento do café (3,10%) os itens matinais demandaram mais 40 minutos de trabalho em maio para serem adquiridos na capital, em relação a abril.
O arroz agulhinha (7,68%), a carne bovina (2,28%) e o óleo de soja (1,91%) foram outros alimentos a registrar alta nos preços. Em 12 meses, somente o arroz registrou variação positiva (33,40%), pois o preço médio de um quilo do produto passou de R$ 4,73, em maio de 2023, para R$ 6,31 em maio de 2024.
No quinto mês do ano, a jornada de trabalho necessária para comprar uma cesta básica na capital morena foi de 116 horas e 37 minutos, aumento de 2 horas e 27 minutos na comparação com o mês de abril. Em 12 meses, houve redução em 04 horas e 04 minutos posto que a jornada foi de 120 horas e 41 minutos em Maio do ano passado.
O comprometimento do salário mínimo líquido4 para aquisição de uma cesta básica teve acréscimo em 1,21 p.p, pois que registrou a 57,31%, contra 56,10% registrado em abril. Em maio de 2023, quando o salário mínimo líquido era de R$ 1.121,10, o comprometimento da cesta alcançou 59,30%.