A MSGÁS (Companhia de Gás Natural de Mato Grosso do Sul) participou nesta quinta-feira (9) do seminário promovido pela AGEMS (Administração Estadual de Serviços Públicos) onde o tema discutido foi “Modernização das Energias Renováveis e do Setor Elétrico”, onde foi possível analisar sobre a necessidade de avançar no modelo já existente no Estado e no País, com uma transição que garanta o abastecimento de energia elétrica que não eleve os custos.
“Foi importantíssima a iniciativa da nossa agência reguladora, e de seu presidente, o competente Carlos Alberto de Assis, marcando posição na defesa dos interesses do Estado e da sociedade. Destacamos toda autonomia e confiança dispensada à MSGÁS pela administração do governador Reinaldo Azambuja, priorizando uma gestão técnica e de excelência, que resultou, dentre outras conquistas, da reversão de um prejuízo fiscal em 2014, para um lucro líquido de R$ 84 milhões ano passado, um recorde para a Companhia”, destacou Rui Pires dos Santos.
Apesar de não ser renovável, o gás natural é uma alternativa importante e em crescimento, afirmou o presidente do MSGÁS, Rui Pires dos Santos. Entre as novidades estava o transporte de gás para novas cidades, além de Campo Grande, Três Lagoas e Corumbá, onde o serviço está disponível hoje.
“Tem uma possibilidade bem grande de ir para Ladário, com uma nova termelétrica, e Sidrolândia, como um primeiro passo na extensão da rede distribuidora até Dourados”, anunciou. Outro fator de otimismo é que o projeto da rota bioceânica considera Sidrolândia como ponto de abastecimento, o que abre perspectiva para massificar o fornecimento de GNV (Gás Natural Veicular) na localidade, disse o presidente da MSGÁS.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) foi representada pelo superintendente de Fiscalização dos Serviços de Geração, Gentil de Sa Junior, que apontou que a transição já está em andamento. Embora cerca de 85% da geração de eletricidade do Brasil seja proveniente de fontes renováveis, a nova geração de opções está se expandindo e o modelo de relacionamento entre fornecedores e consumidores caminha para um mercado mais aberto do que hoje.
Segundo o superintendente, o desafio é equilibrar a demanda de energia com a quantidade real de energia nova produzida, e a energia nova ainda não consegue atender a demanda gerada pela redução do investimento em energia tradicional. Nesse sentido, deve-se promover o aprimoramento das políticas públicas e regulamentações.
O diretor-presidente da AGEMS, Carlos Alberto de Assis, celebrou o sucesso do Seminário, apontando o alto nível das exposições. “Os convidados trouxeram profundos conhecimentos. Foram dois dias de excelente conteúdo”, avaliou, ao término do painel sobre energia e sustentabilidade. “O nosso Estado está em desenvolvimento, tem várias matrizes de fontes renováveis, tem um governo que pensa o futuro e que oferece liberdade para a agência fazer suas entregas”, disse.
Para Jaime Verruck, secretário de Estado do Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico e Produção, as regulamentações que existem hoje não são suficientes para cobrir todo o novo mercado emergente. Ele destacou que além dos aspectos técnicos, é preciso olhar também para a questão do preço, porque quando o mercado for aberto, o consumidor espera reduzir custos.
Em relação às decisões do governo, Mato Grosso do Sul está avançando na política de energia sustentável, disse Verruck. O diagnóstico do potencial de biogás, reserva potencial da PCH (Pequena Central Hidrelétrica), já foi realizado no rio Pardo e será realizado nos rios Verde e Sucuriú; apoio à expansão solar; Estudos recentes sobre geração de energia eólica e alguns licenciamentos estão entre as principais atividades. “Pelas alternativas de energias renováveis que temos, precisamos de flexibilidade em termos de regras de mercado, financeiras e regulatórias”, disse o secretário.
Assessoria.