Reconhecido como melhor ONG de cultura do Brasil no fim de 2024, o Instituto Moinho Cultural Sul-Americano tem planos ousados para 2025. Um deles é chegar até a COP 30, que acontece em Belém (PA), em novembro. Além disso, o planejamento para o novo ano inclui lançamento de um livro, turnê regional com os músicos Márcio de Camillo e Geraldo Espíndola, além de apresentação de uma nova versão de Guadakan, em São Paulo, já em março.
Diretora Executiva do Moinho Cultural, Márcia Rolon conta que a Cia de Dança do Pantanal começa o ano com o pé direito. O espetáculo Guadakan, que narra o sofrimento do Pantanal sul-mato-grossense sendo consumido pelos incêndios, ganhou uma nova versão que, desta vez, expõe também a regeneração do bioma. Por meio do apoio da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul e do Governo do Estado, a versão pocket será apresentada em São Paulo, na abertura do Fórum PANROTAS, que discute as tendências para o setor de turismo e reúne as principais lideranças do setor.
Márcia Rolon afirma que a intenção, ano após ano, é avançar ainda mais e continuar impactando positivamente na vida das pessoas. Por isso, em 2025, uma das metas do Moinho Cultural é chegar à COP 30, que acontece no mês de novembro, no Brasil, com a mensagem da urgência de ações em prol da conservação do Pantanal.
“Ano passado, levamos Guadakan a outros estados e até mesmo ao Paraguai. Cada ano, temos rompido mais barreiras, divisas e fronteiras. Queremos estar na COP, com toda a nossa essência pantaneira e fronteiriça. O mundo precisa olhar para o Pantanal e entender a urgência do bioma”, defende a Diretora Executiva do Moinho Cultural.
Também em 2025 o Instituto participa do Fórum Interamericano de Filantropia Estratégica (FIFE), previsto para ocorrer em abril, em Curitiba (PR). O objetivo da participação no evento é aprimorar ainda mais a gestão do Moinho Cultural, discutindo em conjunto com outras instituições do Terceiro Setor aspectos relacionados à legislação, contabilidade, comunicação e marketing, tecnologia, voluntariado, captação de recursos e administração.
Transformação e realização de sonhos
De acordo com Mônica Macedo, Coordenadora de Projetos, o ano de 2024 se encerrou com a certeza de mais um ciclo cumprido com sucesso. “Vejo como uma das maiores conquistas termos concluído 2024 contribuindo com o atendimento, com o crescimento e com a realização de sonhos dos nossos atendidos. Em 2025 podemos falar com orgulho que mais de 25 mil crianças e adolescentes já passaram pelo IMC e tiveram suas vidas transformadas pelo nosso trabalho”, conclui.
Entre as conquistas de 2024 que ainda estão sendo comemoradas, uma delas é a aprovação do músico do Moinho Cultural, Gabriel Ramos Pereira, na OSB Jovem (Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem).
“Meu ano de 2024 foi um ano que se resumiu em duas palavras: novidade e oportunidade. Novidade porque pude vivenciar um caminho diferente do meu esperado, com a música, e por meio do Moinho Cultural e da orquestra Sinfônica Brasileira, eu ganhei várias oportunidades, mais uma vez, de vivenciar o mundo profissional da música e aprender com ele. Posso dizer que foi um reencontro forte com a música novamente”, afirma Gabriel.
No ano em que completa 21 anos de existência, a história do Moinho Cultural também deve ser eternizada em formato de livro. O livro, que conta a trajetória da instituição e o trabalho desenvolvido na fronteira do Brasil com a Bolívia, é de autoria de Márcia Rolon, com a colaboração de alguns parceiros. “Esse livro vai nascer neste ano”, adianta.
Música Poética
Em 2025, Márcio de Camillo e Geraldo Espíndola voltaram a subir aos palcos para apresentar o show Música Poética, que conta com a participação da Cia de Dança do Pantanal e da OCAMP (Orquestra de Câmara do Pantanal) também. Em 2023, eles já subiram ao palco juntos para apresentar suas obras individuais, mas também composições conjuntas.
O projeto passou por Corumbá, Campo Grande e Dourados, em uma pequena turnê regional. “O ‘Música Poética’ é uma delícia e, ao mesmo tempo, um privilégio. OCAMP teve a oportunidade de tocar com dois cantores e compositores que nos orgulham muito”, comemora Márcia.