Na manhã de ontem (18), uma ação conjunta entre a Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) e a 1ª Delegacia de Jardim resultou na prisão de um homem de 30 anos que é suspeito de violentar sexualmente sua enteada por mais de 4 anos.
O delegado de polícia que preside a investigação representou pela prisão temporária do suspeito, que foi decretada pelo Poder Judiciário na sexta-feira (17). Com o mandado de prisão em mãos, o Núcleo de Inteligência da DEPCA (NIP) fez os levantamentos necessários para se chegar ao paradeiro do suspeito, que já estava foragido.
Os investigadores descobriram que ele estava se escondendo na cidade de Jardim. Então, uma equipe de policiais civis da 1ª DP de Jardim foi acionada e passou a monitorar alguns endereços vinculados a familiares do suspeito e acabaram localizando-o no interior da casa de um tio, onde ele estaria há dois dias. O homem foi capturado e conduzido para a delegacia local, onde ficará preso à disposição da justiça.
Entendendo o caso
Os fatos estão sendo investigados pela DEPCA desde que familiares da vítima registraram um boletim de ocorrência noticiando os crimes, no último domingo, dia (12). No dia seguinte a vítima passou pelo depoimento especial realizado por equipe capacitada na DEPCA, onde confirmou os abusos.
A polícia apurou que o padrasto teria mantido conjunção carnal e praticado outros atos libidinosos contra a vítima por todo este período de 4 anos, desde que a menina tinha 08 anos de idade, bem como que ele a agredia, ameaçando-a para que ela se submetesse aos abusos e não contasse a ninguém.
Desde que o boletim de ocorrência foi registrado, a DEPCA realizou diversas diligências para apurar o ocorrido, ouvindo parentes da vítima, tomando seu depoimento especial, requisitando e realizando exame de corpo de delito para constatar os abusos.
A investigação está avançada e outras ações estão em curso, inclusive para apurar possível omissão da mãe da vítima, que teria ciência dos abusos e não tomou nenhuma atitude para evitá-los ou denunciá-los em todos estes anos.
Com a prisão do suspeito a Polícia Civil põe fim a um ciclo de abusos físicos e sexuais que a adolescente vinha sofrendo ao longo de anos. A prisão temporária tem validade de 30 dias, após o que o delegado de polícia que preside a investigação, por entender que a liberdade do suspeito põe em risco a integridade da vítima e de alguns familiares, representará ao Judiciário para que seja decretada a sua prisão preventiva, por prazo indeterminado.