Os diretores do GRPCom, dono da Gazeta do Povo, decidiram em 6/11 que vão manter Rodrigo Constantino na equipe de colunistas. A decisão vai contra uma carta assinada por mais de 120 funcionários que pediam a demissão do economista, alegando que o comentário dele sobre o caso Mari Ferrer vai contra os valores do jornal.
Em nota, a direção da Gazeta do Povo escreveu que “os esclarecimentos fornecidos pelo colunista foram suficientemente satisfatórios para que não seja necessário tomar nenhuma medida mais drástica”.
“Lamentamos profundamente o constrangimento que o episódio causou em muitos de vocês”, diz a nota. “(…) Foi preciso uma análise de todos os posts feitos pelo Constantino e de um esclarecimento dele publicado na Gazeta, para compreender que ele não se referia ao caso específico de Mariana Ferrer e, muito menos, amenizava a gravidade do abuso sexual, em qualquer circunstância. O colunista admitiu que errou na abordagem de um tema tão delicado e, nesse texto publicado na Gazeta do Povo, esclareceu seu posicionamento”.
Constantino disse em 4/11 que se sua filha tivesse sido estuprada bêbada, ele a colocaria de castigo e não denunciaria o agressor. O comentário fez com que o comentarista fosse demitido de Jovem Pan, TV Record, rádio Guaíba e Correio do Povo.
Em contrapartida, a RPC TV, que pertence à GRPCom, demitiu em 4/11 mais de dez jornalistas em Curitiba, Maringá, Cascavel e Paranavaí. Os sindicatos dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) e do Norte do Paraná e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) lamentaram as demissões e questionaram a manutenção de Constantino na equipe de colunistas da Gazeta do Povo.
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