“Cerveza del Cordero” é o evento que celebra por meio do lançamento dos livros “Versos para mastigar”, de Fábio Gondim, e “Tríduo rudo”, de Henrique Pimenta, o que há de mais disfuncional na poética sul-mato-grossense. Na realidade, trata-se de um misto de celebração e de sacrifício, ao mesmo tempo. A multiplicidade se configura por, em primeiríssimo lugar, uma ação beneficente em prol da ABREC-MS e, em seguida, por uma literatura esteticamente bem elaborada. O lançamento ocorre no dia 10 de agosto, às 18 horas, no Museu da Imagem e do Som (MIS).
De acordo com os escritores, o lançamento em conjunto se dá por afinidade artística. “Creio que ambos, numa relação de contrassenso, tratamos a literatura com a mesma honestidade e descompromisso que ela merece”, afirma Gondim.
“Versos para mastigar”, de Fábio, é o segundo volume da Trilogia da Degustação que se iniciou com o lançamento do livro “Versos para lamber”. No livro de poesias, dividido em sete capítulos (versos viscosos, versos crocantes, versos cremosos, versos ásperos, versos macios, versos densos e outras texturas), o autor faz analogias entre a textura dos alimentos e os sentimentos experimentados pelo ser humano.
Já “Tríduo rudo”, de Henrique Pimenta, é uma obra que foi construída durante sete longos anos de trabalho, momento em que o autor se desafiou a escrever poemas curtos, com muito ritmo, rimas e figurações. Aos poucos, a escrita foi se delineando como um material lírico, com prevalência de temas clássicos, mas sem perder a característica mais forte do autor, a de criticar a sociedade e o mundo por meio das palavras.
“Estou feliz com o resultado e feliz por estar ao lado de um poeta que admiro, o Fábio Gondim, na ‘Cerveza del Cordero’, assim como pela homenagem póstuma que o meu livro presta à grande poetisa Flora Thomé”, completa Pimenta.
Sobre os autores
Fábio Gondim é natural da Vila Carvalho em Campo Grande MS. Organizou a Coletânea Cápsula Tarja Preta (Appostolos, 2016). Publicou Versos para Lamber (Life, 2017). Em parceria com Roberto Figueiredo, Floresias (Mundial, 2018). Em parceria com Ana Maria Bernardelli, organizou as coletâneas 101 Reinvenções (Life, 2017), 101 Reinvençõezinhas (Life, 2018), Prosas e Segredos da Morena (Life, 2018), 102 Reinvençõezinhas (Life, 2019), Era Uma Vez (Life, 2019). Em parceria com Vini Willyan, organizou a coletânea Cromossomos – Literatura LGBTQIA+ no Mato Grosso do Sul (Life, 2019). Publicou Charlenne Shelda (Life, 2021).
Henrique Pimenta é natural de Resende (RJ), mas se considera campo-grandense de coração. Venceu o Prêmio Guavira de literatura em 2017 pelo livro de contos Ele adora a desgraça azul (2016). Lançou também 99 sonetos sacanas e 1 canção de amor (2012), Alcácer-Quibir (2019) e Compêndio de evisceração (2021).
SERVIÇO:
LOCAL: Museu da Imagem e do Som (MIS)
ENDEREÇO: Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559
DATA: 10 de agosto, sábado
HORÁRIO: 18h