Enfermeiros, técnicos de enfermagem e médicos do Hospital Cassems de Campo Grande participaram da “Oficina de Plano Terapêutico”, com o objetivo de alinhar o fluxo de cuidado com o paciente. O Plano Terapêutico é uma ferramenta de comunicação entre as equipes, fundamental para que todos estejam alinhados e cientes da condição individual de cada paciente.
A oficina, que foi dividida entre teoria e prática, foi ministrada pelo médico Alexandre Bonfim, do Instituto Papaia Azul, que explica a importância de todos os envolvidos na experiência do paciente, desde a sua entrada.
“O Plano Terapêutico é aquela estrutura que a gente usa para que todo mundo, toda a equipe, inclusive o paciente e o familiar, estejam na ‘mesma página’. Todo mundo saiba o que vai acontecer, o que se prevê na condução daquele caso. Seja um paciente internado, um paciente no ambulatório, no pronto-socorro, na quimioterapia, enfim, nos diversos atendimentos que o hospital é capaz de propiciar. O que é que se espera? Qual o resultado? Quais as metas? Como será conduzido aquela situação? Então, isso faz parte de uma ferramenta denominada Plano Terapêutico. É isso que a gente conversou um pouquinho e deu alguns exemplos, procurou trazer para a realidade do hospital aqui da Cassems”, explica Bonfim.
Bonfim ainda afirma que “o plano terapêutico gera um tônus na assistência, uma tensão, no bom sentido, de o que é que eu preciso recrutar de especialistas, de material, de recursos para que aquele atendimento ocorra da melhor forma. E como tem a participação do paciente, possibilita que o paciente e o familiar, não só saibam o que vai acontecer, mas aprovem, estejam de acordo com a condução que a equipe está dando no caso. Então, isso é fundamental para que haja engajamento e melhor uso dos recursos que a instituição tem”.
Para a médica residente em pediatria do Hospital Cassems de Campo Grande, Mariana Ávila Ferreira, a oficina mostrou a importância da equipe se aproximar do paciente e de suas necessidades, trazendo ganhos para todos.
“O curso foi de extrema importância, porque a gente falou um pouquinho sobre o Plano Terapêutico. Basicamente, isso faz com que a gente se aproxime mais ainda do paciente, dos pais do paciente, porque através dele a gente consegue delimitar as expectativas do paciente, delimitar o tempo de internação, riscos e complicações. Então, foi de extrema importância para toda a equipe, para a gente conseguir conversar melhor e ter uma abordagem muito mais eficiente em relação ao tratamento do paciente”, pontua.
De acordo com o diretor técnico do Hospital Cassems de Campo Grande, Alberto Cubel, além de ajudar na conduta médica em relação aos pacientes, o Plano Terapêutico também auxilia na melhor organização do uso de leitos.
“O Plano Terapêutico é fundamental, porque o médico vai ter a oportunidade, na entrada do paciente, de fazer o planejamento da alta desse paciente. No Plano Terapêutico, ele vai dizer, ‘olha, nós vamos precisar de tais exames, de tal conduta’, e, diante de tudo isso, nós já vamos começar a pensar quando ele vai poder sair do hospital. Com isso, a gente consegue usar melhor os leitos hospitalares, usar melhor a estrutura hospitalar, para que possamos atender muito mais pessoas e que não fiquem pessoas represadas no ambiente de pronto-atendimento e possam todos ter um bom acolhimento”, salienta.