A epilepsia é uma condição neurológica bastante comum, e possui um elevado impacto na qualidade de vida, devido a suas consequências físicas, cognitivas, psicológicas e sociais. O tratamento convencional muitas vezes não oferece o alívio desejado por conta dos grandes efeitos adversos, levando à busca de novas formas de tratamento, como o uso de CBD. Diante disso, a Endogen, healthtech de Cannabis medicinal e nutrição fundamentada em ciência para gerar qualidade de vida, explica como a cannabis medicinal tem se destacado como uma opção.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) a epilepsia acomete cerca de 50 milhões de pessoas no mundo – só no Brasil, estima-se três milhões com a doença. Estudo realizado com crianças cuja epilepsia grave não respondia aos tratamentos convencionais, feito por pesquisadores do departamento de ciências do cérebro do Imperial College London e publicada na revista científica BMJ Paediatrics Open, revelou que o uso de extratos Cannabis reduziu em 86% a frequência das crises. “O canabidiol, ou CBD, exerce influência direta no sistema nervoso central, tendo o potencial de controlar as descargas neuronais excessivas, assim ajudando a reduzir crises convulsivas”, comenta Luís Otávio Caboclo, Neurofisiologista Clínico e Co-fundador da Endogen.
O uso dos medicamentos de forma correta, com acompanhamento médico regular e ajuste das doses, é a maneira inicial e constitui a melhor forma de manter o controle sobre a epilepsia. O Neurofisiologista Clínico ressalta que os fármacos anticrise habitualmente utilizados no tratamento da epilepsia em crianças podem causar diversos efeitos colaterais, como sonolência, tontura, alteração do peso, piora da atenção e da concentração. Já o Canabidiol (CBD) pode ser eficaz no tratamento de diferentes formas de epilepsia, com um perfil favorável de efeitos adversos. “É importante ressaltar que o extrato a base de Cannabis medicinal é utilizado em associação a outras medicações, particularmente em crianças com epilepsia de difícil controle. No tratamento da epilepsia, o CBD é habitualmente administrado em duas doses diárias, de preferência junto ou após as refeições, para melhorar a absorção”, ressalta Caboclo.