O mês de dezembro é marcado por ações que visam a conscientização da população sobre o câncer de pele, tipo da doença com maior incidência no Brasil. Conhecida como Dezembro Laranja, a campanha nacional acontece desde 2014 e é promovida pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Além de causar deformidades no corpo, o câncer de pele pode levar à morte se não tratado, mas quando descoberto no início, a chance de cura pode chegar a mais de 90%, segundo a SBD. Por isso é extremamente importante falar sobre o assunto.
De acordo com a médica dermatologista da Unimed Campo Grande, Dra. Gabriely Lessa Sacht, há basicamente dois tipos desse câncer. Os carcinomas (basocelular e espinocelular), com incidência mais alta, porém de menor gravidade, e os melanomas, que apesar de menos frequentes, são mais graves por causa do risco de metástases (quando se espalha para outros órgãos do corpo).
“A exposição solar é o principal fator de risco. Para o melanoma, a queimadura solar é a principal causa e para os outros tipos de câncer de pele, a exposição solar acumulada ao longo da vida, além de outros fatores associados à hereditariedade, alguns ainda relacionados a medicamentos, dentre outros”, pontua a especialista.
Doutora Gabriely destaca que é importante estar atento aos sinais que o corpo apresenta. “Os sinais e sintomas de um câncer de pele normalmente são uma pinta que muda o seu aspecto, que cresce rapidamente ou ainda o surgimento de uma pinta nova. Além disso, a mudança no formato de uma lesão na pele pré-existente, lesões com múltiplas cores, que sangram com facilidade (com pequeno contato, como passar uma toalha), feridas que não cicatrizam, nodulações novas pelo corpo. Todos esses são sinais de alerta”.
Cabe lembrar que as palmas das mãos, os vãos entre os dedos, a sola dos pés e o couro cabeludo também devem ser analisadas.
Observando qualquer um desses sinais, a orientação é que se procure um médico dermatologista o quanto antes. Vale destacar que pessoas que possuem muitas pintas pelo corpo, que já tiveram algum câncer de pele ou ainda que tenham histórico de melanoma na família precisam fazer um acompanhamento com o especialista, no mínimo, uma vez ao ano, mesmo sem nenhum sinal de alerta.
Cuidados
Além de estar atento aos sinais do corpo, evitar exposição excessiva ao sol, principalmente entre as 10 e 15 horas, usar filtro solar diariamente com proteção adequada ao seu tipo de pele e reaplicar conforme indicação de cada fabricante, usar chapéu, boné e roupas adequadas para se proteger do sol e procurar um médico dermatologista regularmente.
Tratamento
O tratamento inicial de câncer de pele consiste na retirada cirúrgica da lesão e do tecido ao redor. A quimioterapia ou radioterapia são recursos terapêuticos utilizados nos casos mais graves da doença.
Assessoria.