Os ratos são roedores capazes de gerar prejuízos econômicos e à saúde humana, por serem transmissores de diversas zoonoses, como a leptospirose, peste, tifo murino, hantaviroses, entre outras. Anualmente, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) de Campo Grande realiza o controle destes animais em vias urbanas, bueiros e córregos da Capital.
Segundo a coordenadora do CCZ, Juliana Rezende, neste ano, o trabalho foi iniciado na região central e deve se estender até agosto abrangendo as demais regiões.
“A desratização em logradouros públicos é importante para impedir que a população de roedores cresça exponencialmente, além de evitar a transmissão de doenças aos humanos e outros animais. Nos períodos de outubro a janeiro há uma maior incidência de alagamentos por conta das frequentes chuvas e, eventualmente, ocorre uma maior exposição da população. Portanto a antecipação deste trabalho é estratégica e fundamental na prevenção”, reforça.
Os servidores atuam sempre em dupla na colocação das iscas, que é feita quadra a quadra da área desratizada, com a implantação de blocos de parafinas amarradas por arame em cada ponto, geralmente a 5cm da parede do chão de bueiros, galerias e grelhas de captação de água, assim como em caixas de esgoto.
Os blocos parafinados são usados, pois os ratos preferem roer o material, afiando os seus dentes, portanto além do atrativo olfativo a isca parafinada oferece potencial resistente à umidade quando comparado às iscas granuladas convencionais. Os blocos são compostos de raticida letal que age no sistema hematológico.
Para o controle adequado é necessário se basear no conhecimento da biologia, dos hábitos comportamentais dos roedores, habilidades e capacidades físicas de cada espécie, além do meio ambiente onde estão instalados.
Existem três espécies de ratos que são considerados sinantrópicas, ou seja, vivem próximo ao homem: ratazana de esgoto, rato de telhado e o camundongo. A ratazana vive cerca de dois anos; o rato de telhado, 18 meses; e o camundongo, cerca de um ano. Podem se reproduzir a partir do terceiro mês de vida. O período de gestação é, em média, de 19 a 22 dias, e o número de filhotes por cria é de cinco a 12.
Os locais para desratização são escolhidos com base em levantamentos que apontam maior incidência dos roedores, por serem regiões de grande concentração urbana o que favorece a proliferação, por meio de oferta de alimentos e água, condições ideais para reprodução.
Portal PMCG.