Obesidade, uma condição que acomete pessoas de diferentes idades e gêneros e que vai muito além do peso na balança. As causas podem variar desde a alimentação inadequada, sedentarismo, noites mal dormidas, além de fatores genéticos.
Antes de qualquer coisa é importante entender o que é a obesidade. “A obesidade é quando há o excesso de gordura corporal comparado à quantidade de massa magra de uma pessoa. Toda vez que tiver um excesso de ingestão calórica e um gasto menor, há o acúmulo de gordura corporal e, dependendo do nível, pode passar a ser obesidade”, explica Dra. Erica Abel, endocrinologista e metabologista da Unimed Campo Grande.
Quando o índice de massa corporal (IMC) resulta em mais de 25 é considerado sobrepeso, e quando resulta em 30 ou mais, já é tratado como obesidade. O cálculo é feito dividindo o peso de uma pessoa (em kg) pelo quadrado da altura (em metros).
Segundo o atlas 2023 da Federação Mundial da Obesidade apresentado à Organização das Nações Unidas (ONU), em março deste ano, 51% da população mundial – mais de 4 bilhões de pessoas, estarão obesas ou terão sobrepeso nos próximos 12 anos (até 2035).
Os números são preocupantes, e um dado que chama bastante atenção, ainda de acordo com a publicação, é que as taxas de obesidade estão aumentando de forma rápida entre as crianças e em países de baixa renda.
“A estatística de obesidades e outras patologias associadas na infância vem crescendo a cada ano e um dos principais fatores são as inúmeras propagandas de alimentos ultra processados, com baixo proveito nutricional e repleto de açúcares, gorduras e sódio”, pondera a nutricionista da cooperativa médica, Simone Carmem Gomes Santana.
A nutricionista destaca ainda a responsabilidade dos adultos na alimentação dos pequenos. “Os pais são os responsáveis pela alimentação dos filhos, pela criação dos hábitos alimentares e devem sempre oferecer o melhor alimento e de fontes mais naturais possíveis, como frutas, legumes e alimentos in natura desde o início e, assim, aperfeiçoar o paladar da criança. Quando não temos em casa, biscoitos, salgadinhos e doces, por exemplo, inicia-se uma barreira para o seu consumo, e vale lembrar que o consumo desse tipo de produtos influencia não só no desenvolvimento da obesidade, mas também de outras patologias graves, como hipertensão, diabetes, desnutrição, entre outras”.
Para auxiliar os pequenos a prevenir a obesidade, Dra. Caroline Nantes Chaia, endocrinologista pediátrica da Unimed CG ressalta que atividade física é fundamental. “É preciso que as crianças sejam inseridas em atividades prazerosas e adequadas ao estado individual de crescimento desde pequenos. Vale brincar, engatinhar e rolar até os 2 anos, já entre 3 e 5 anos podem ser atividades mais ativas, como natação, danças, lutas, esportes coletivos, e na fase dos 6 aos 12 anos deve-se considerar pelo menos uma hora de atividades físicas de intensidade moderada a alta”, finaliza.