A primeira semana do mês de agosto tem sido cruel para alguns estados brasileiros, incluindo o Mato Grosso do Sul, já que, de acordo com o Climatempo, a umidade relativa do ar em algumas regiões pode chegar a 12%, fato que precisa ser levado em consideração pelas autoridades e pela população.
Com o calor, os termômetros ficam mais elevados que o habitual, o tempo fica mais seco e a incidência de problemas respiratórios aumenta consideravelmente. De acordo com o Ministério da Saúde, o período requer cuidados especiais, que valem principalmente para as pessoas que sofrem com doenças crônicas pulmonares e relacionadas ao coração.
“Com a redução da umidade, as membranas dos olhos, boca e nariz podem ficar mais desidratadas, proporcionando condições favoráveis para a ação de agentes externos, como vírus, bactérias e poluentes oriundos de incêndios ou queimadas. Nesse contexto, algumas das principais doenças que podem surgir são processos inflamatórios das vias aéreas respiratórias, tais como: rinite, sinusite, irritações de mucosas, chegando a situações mais graves, que além de cuidados domésticos, podem acabar evoluindo para casos de hospitalizações como as influenzas, pneumonia, asma e demais doenças respiratórias,” comenta a coordenadora do curso de Enfermagem do Centro Universitário Anhanguera, Sandra Demétrio Lara.
Segundo a professora, a preocupação é maior quando tais problemas acometem as crianças e idosos. Pela fragilidade do organismo, existe uma chance maior de complicação. Por isso, o cuidado precisa ser redobrado e, ao sinal de mal-estar, febre, falta de ar ou dor de garganta, deve-se buscar atendimento profissional na unidade de saúde próxima a sua residência.
A especialista explica que, em dias muito quentes, é importante fazer ingestão de uma quantidade maior de água, garantindo a hidratação, usar roupas leves e manter uma alimentação equilibrada. “É imprescindível consumir mais líquidos, proteger-se do calor do sol, manter o ambiente doméstico umidificado, realizar a limpeza das narinas utilizando soro fisiológico e assegurar uma hidratação adequada da pele por meio da aplicação de cremes e loções hidratantes, não esquecendo do uso constante de protetor solar, com o objetivo de evitar o surgimento de dermatites”, orienta.
A docente ainda destaca que, para as crianças e idosos, é importante evitar locais com aglomeração de pessoas e deixar os ambientes limpos e arejados. O uso de umidificadores de ar é benéfico, mas deve ser por apenas curtos períodos, para que não haja proliferação de mofo no ambiente e lembrar de sempre manter a higiene do equipamento.
Confira, a seguir, algumas dicas para aliviar os sintomas dos problemas respiratórios:
- Aumente a hidratação, ingerindo mais água, suco natural e água de coco;
- Faça refeições leves com legumes, verduras, consuma frutas nos intervalos das refeições;
- Evite atividades físicas nas horas mais quentes do dia;
- A pele e os lábios também podem sofrer com a baixa umidade e a recomendação é o uso de hidratantes;
- Soro fisiológico ajuda na hidratação das vias áreas. Pingue algumas gotas no nariz para melhorar sua respiração, já em caso de ressecamento dos olhos você pode pingar gotas para hidratação.