Por meio do projeto Campo Grande em Imagem: O olhar de Roberto Higa, o fotojornalista conseguiu recuperar e catalogar seus registros feitos entre 1980 e 1985. O material, compostos por 80 fotos, ilustra uma série de cinco palestras que vêm sendo realizadas em escolas municipais da Capital para o compartilhamento cultural de informações e promoção da democratização de acesso ao acervo preservado.
A Escola Municipal Professor João Candido de Souza, localizada no Jardim Anache, região norte, foi o primeiro colégio a receber a palestra, na manhã dessa segunda-feira (8). Por conta do sucesso do projeto, Roberto Higa decidiu realizar uma palestra bônus no mesmo local nesta terça-feira.
Já na manhã desta quarta-feira (10), o projeto seguiu para a Escola Municipal Senador Rachid Saldanha Derzi, no Jardim Noroeste, região leste. Na quinta (11), às 15h30, é a vez de 30 alunos do oitavo ano da Escola Municipal Maestro João Correia, também na região leste, se integrarem à história de Campo Grande contada pelas fotos de Roberto Higa.
Na próxima terça-feira (16), às 9h30, a palestra fotográfica Campo Grande em Imagem: O olhar de Roberto Higa será ministrada pelo fotojornalista a cerca 150 alunos do 3º ao 5º anos da Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad. Conforme a diretora adjunta Silvia Alessandra Soares Martins, essa palestra de conhecimento é muito rica e importante para os alunos, principalmente para os do 3º e 4º anos, que possuem o conteúdo sobre a história de Campo Grande, tanto na disciplina de história quanto na de geografia. É muito importante para eles saberem a origem do local em que vivem, destaca.
Para finalizar o ciclo de palestras, no dia 17 Roberto Higa vai à Escola Municipal Vanderley Rosa de Oliveira, às 7h30, conversar com os alunos para falar um pouco sobre a história de Campo Grande. É um privilégio poder estar percorrendo algumas escolas municipais da Capital por meio desse projeto aprovado pelo Femic [Fundo Municipal de Investimentos Culturais] e mostrar aos alunos algumas curiosidades da cidade em que eles vivem. São fatos que eu conto pelas fotos, explica Higa.
Acervo O acervo de Roberto Higa é composto por mais de 600 mil negativos, que registram as mais variadas cenas do cotidiano local, do desenvolvimento de Campo Grande e do Estado. Para que o material não se perca devido à composição química dos negativos, que com o passar dos anos sofre um processo de degeneração, tornando assim a reprodução invalidada, o fotojornalista começou a digitalizar seu acervo, visando salvaguardar essa memória.
Em 50 anos de repórter fotográfico, Roberto Higa registrou o surgimento de prédios e construções em Campo Grande, como o Parque das Nações Indígenas, casas no lugar de chácaras, obras da Cidade Universitária, inauguração do ginásio poliesportivo Avelino dos Reis (Guanandizão), duplicação das saídas de Cuiabá, São Paulo, Três Lagoas e Corumbá, visita de presidentes, nomeações de chefe de estado e administradores públicos, celebridades com renome nacional e internacional de pessoas importantes para a formação identitária da cidade. A cada imagem captada por sua lente, um trecho da história de Campo Grande foi eternizado.