“O turismo é uma indústria que, nos próximos anos, receberá atenção muito especial no Mato Grosso do Sul, por sua capacidade de gerar recursos, alavancar potencialidades locais, disseminar o estado no Brasil e no mundo e, também, educar e envolver as comunidades”, disse nesta quinta-feira o pré-candidato ao Governo do Estado, Eduardo Riedel, que em sua passagem pelas secretarias de Governo e Infraestrutura teve papel fundamental na estruturação do setor desde 2015.
A reflexão de Riedel vem às vésperas de mais um feriado prolongado em um Estado que tem um leque de opções de lazer variado, seja na cidade ou no campo.
O pré-candidato falou também sobre as ações implementadas sob sua batuta na estruturação do turismo.
“Investimos em pavimentação para ligar com mais qualidade nossas duas grandes estrelas do turismo, Bonito e o Pantanal. Investimos na estrada de Anastácio até Bonito, em saneamento básico e água no município, para prepará-lo para feriados como o deste fim de semana. É investimento não só para só turismo, mas para o social e a pecuária. Outro projeto grande, tão importante quanto as rodovias, foram as infovias. Estamos preparando os nossos municípios para acesso à dados, trânsito de dados. Comunicação é muito importante na captura de novos voos, na promoção do destino”, afirmou.
Riedel destacou que o Estado tem muito a crescer no setor com sua biodiversidade, preservação dos rios, a pegada de carbono, a rota do turismo, o projeto de estrada livre (estradas que tem todo um aparato para proteção contra o atropelamento de animais) e até mesmo com sua imensa população indígena. “O meio ambiente e os povos originários são duas alavancas para a indústria do turismo. Acho que a incorporação responsável destes dois ativos são importantes. E a eles deve ser equacioada a questão da infraestrutura, que é fundamental”, lembrou.
Riedel destacou, ainda, a importância das microregiões turísticas, como uma área a ser explorada nos próximos anos. “Nós temos – fora do foco do Pantanal, Bonito, Corumbá, etc – núcleos de pequenos paraísos para serem explorados pelo turismo. Por exemplo, bem próximo a Campo Grande está o distrito de Camisão, com suas trilhas e cachoeiras, Rio Verde, Costa Rica, etc. Assim como esses locais, existem inúmeros outros pelo estado”.
Neste foco estratégico, sob o comando de Riedel o Estado pavimentou trecho de Piraputanga até Aquidauana. “Tem rota de bicicleta, e aí você tem acesso do meio de Camisão para a BR. Vamos começar 10 km de pavimentação ali. O acesso ao Morro do Paxixi, já mandamos fazer o projeto. O resultado disso é investimento privado. Veja a vinícola em Camisão. Por que veio para cá? Porque tem estrada, tem asfalto, tem incentivo fiscal. Vamos investir ali no Morro do Paxixi, e olha que rota que se forma! Sai dali de Campo Grande para chegar em Aquidauana, não vai pela BR, vai por Piraputanga, Camisão, Morro do Paxixi, pega Anastácio e vai pra Bonito! Assim vamos formando os eixos turísticos, a partir desses nichos, destas rotas. Rio Verde já está com 15km de acesso aos balneários sendo pavimentados. Estas ações são indutores de decisão para setores com potencial turístico. Mesmo que ainda não tenha fluxo, você investe e a demanda começa a chegar”, explicou.
VOCAÇÕES E OPÇÕES DE TURISMO
Um dos principais destinos turísticos, Mato Grosso do Sul tem rios piscosos e cristalinos, cachoeiras radicais, escaladas em rochas, trilhas, cavernas, sítios arqueológicos, áreas de observação da fauna e flora, quilombolas, ciclismo ecológico, caminhadas contemplativas, city tour por monumentos e centros arquitetônicos históricos e até observação astronômica. Programa-se e caia na estrada, se não conhece o Estado consulte uma agência de turismo.
A pesca esportiva está em alta temporada. A legislação permite a captura e transporte de um exemplar adulto e cinco piranhas, mas a maioria dos amantes desse esporte emocionante hoje pratica o pesque-solte, estimulada pela política ambiental do Governo do Estado e pelo trade turístico. Os principais polos pesqueiros são: Coxim, Rochedo, Bonito (Águas de Miranda), Aquidauana, Miranda, Porto Murtinho e Corumbá, na bacia do Rio Paraguai, e Três Lagoas, Aparecida do Taboado e Bataguassu, na bacia do Rio Paraná.
PARQUES DA CAPITAL
Além de uma excelente estrutura de hotéis, pousadas, ranchos e pesqueiros situada à beira dos rios, a pesca embarcada (barcos-hotéis) é um serviço que atrai milhares de pescadores, a maioria das regiões sul e sudeste do país. Esta modalidade é disponibilizada nas cidades de Coxim, Aquidauana, Miranda, Porto Murtinho e Corumbá, com pacotes que variam de três a cinco dias, unindo a busca por grandes exemplares do pintado, jau e dourado (cuja captura e transporte estão proibidos por lei) a contemplação da exuberante fauna e flora do Pantanal.
Para quem reside em Campo Grande e não deseja viajar, o feriado é uma boa oportunidade para conhecer os ambientes naturais que a cidade mais arborizada do Brasil reserva a sua população e aos visitantes. O Parque das Nações Indígenas, nos altos da Avenida Afonso Pena, é uma excelente opção para visitação em família ou grupo de amigos. O lugar é uma das principais áreas para observação de aves, conta com vários equipamentos para caminhadas e passeios.
A Capital ainda oferece outros ambientes em potencial: Parque Estadual Matas do Segredo, Parque do Prosa, Parque dos Poderes (centro político-administrativo do Estado), Praça Itanhangá, Parque Ecológico do Sóter, Parque Airton Senna, Orla Morena, Lagoa Itatiaia e Horto Florestal, além de praças, museus e monumentos. A partir de maio, entrará em atividade o Bioparque Pantanal, megaempreendimento que abriga o maior aquário de água doce do mundo.
TURISMO DE COMPRAS
A apenas 20 km de Campo Grande, Rochedinho é um polo de ecoturismo e esportes de aventura, destacando-se um atrativo de tirar o fôlego: o Morro do Ernesto, situado em uma fazenda. Mais à frente, o município de Rochedo (100 km da Capital), banhado pelo Rio Aquidauana, é um refúgio de pesca e ecoturismo, atividades diversas: boia-cross, canoagem, canionismo, camping, trekking, trilhas, ciclismo, escaladas e observação de aves.
A 130 km de Campo Grande, Aquidauana é considerada o Portal do Pantanal. Além de centenárias fazendas-hotéis dentro do bioma, desponta como destino de aventura na região de Piraputanga, onde o fácil acesso, com asfaltamento da estrada-parque (MS-450) pelo Governo do Estado, atrai novos empreendimentos (pousadas, pesqueiros e restaurantes) e visitantes. Situada entre a Serra de Maracaju e o Rio Aquidauana, Piraputanga é também polo de pesca.
Mais a Oeste, Miranda e Corumbá, assim como Aquidauana, são destinos de pesca e ecoturismo no Pantanal. Cidades mais antigas do Estado, são banhadas pelos rios Miranda e Paraguai e outros afluentes. Pescaria e vivência com a natureza são os principais atrativos, com cavalgadas, safari fotográfico diurno e noturno, experiências com as comitivas de gado e observação de aves. Em Miranda, um dos atrativos é o Projeto Salobra, no homônimo rio cênico.
Corumbá, maior município do bioma, conta com um os centros históricos mais representativos do Brasil e realiza o melhor carnaval do interior, o qual este ano ocorrerá de 20 a 23 de abril com desfile das escolas de samba e blocos. A sudoeste da Capital (440 km), outra cidade pantaneira, Porto Murtinho, desponta também na pesca e ecoturismo. As duas cidades ficam na fronteira com a Bolívia e o Paraguai e, assim como Ponta Porã, se destacam no turismo de compras.
A região da Serra da Bodoquena, ao lado do Pantanal, é o destino mais procurado. No centro das atenções fica Bonito, eleito maior polo de ecoturismo do Brasil. Com mais de 50 atrativos, a cidade vem batendo recordes de visitantes desde a retomada do turismo, em agosto do ano passado. Integram o destino os municípios e Bodoquena e Jardim. Os principais passeios são as grutas, cachoeiras, trilhas e flutuações em rios de água cristalina e repletos de peixes.
Assessoria.