A Prefeitura Municipal de Campo Grande emitiu nota na tarde desta terça-feira (9) dizendo que a ação policial no órgão hoje cedo, que cumpriu mandados de busca e apreensão referente a investigação sobre assédio sexual contra o ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD), também candidato ao Governo de MS, foi “agressiva” e “diferente” do que orientou a juíza que permitiu o acesso dos policiais civis ao local.
Confira a nota do órgão na íntegra:
Os servidores da prefeitura de Campo Grande foram surpreendidos hoje, no início da manhã, com ação da Polícia Civil, que fechou a entrada deles ao prédio principal, em horário de expediente.
Causa estranheza o procedimento utilizado, que contou com viaturas cercando o prédio, policiais com armamentos pesados e, por parte da delegada, a atitude agressiva na abordagem aos servidores, inclusive com gritos, para ao final serem apreendidos dois computadores. Vale ressaltar que em nenhum momento houve qualquer impedimento ao cumprimento da medida.
A estranheza está principalmente no fato de que a juíza recomendava outra abordagem, anotada no pedido de busca e apreensão:
“Ressalto que a retirada dos equipamentos eletrônicos da Prefeitura Municipal deverá ocorrer apenas na hipótese de impossibilidade de extração no próprio local, o que deverá ser especificamente justificado no auto a ser lavrado, tudo visando minimizar percalços à continuidade dos serviços prestados no local.” (Grifo da juíza)
Ante a recomendação, a ação esteve mais próxima do espetáculo, e não da preocupação em “minimizar percalços à continuidade dos serviços prestados no local”.
A Administração Municipal defende a apuração urgente dos fatos e confia na Justiça, e principalmente que uma investigação séria e equilibrada não seja usada como arma para beneficiar quem quer que seja.
Prefeitura Municipal de Campo Grande.