Com o início da reprodução do papagaio e demais psitacídeos e várias outras espécies de aves agora em agosto, a PMA pelo terceiro ano consecutivo, deflagra amanhã (13) às 8h00 a operação Bocaiúva. No período reprodutivo dos psitacídeos (papagaio, arara, periquitos, maritacas, etc.), o Batalhão realiza a operação contra o tráfico de animais silvestres, especialmente o papagaio, que é o animal mais procurado pelos traficantes em Mato Grosso do Sul.
A “Operação Bocaiúva” envolverá policiais principalmente das Subunidades da região mais afetadas, que receberão reforços de outras regiões, no intuito principal de evitar a retirada dos filhotes dos ninhos, tendo em vista, que depois da retirada das aves, mesmo quando se apreendem os animais, os danos à natureza são incalculáveis e os custos financeiros, para cuidar dos bichos até a reintrodução envolvem muito dinheiro público.
As equipes serão distribuídas em propriedades rurais, assentamentos, com vigilância e orientações, bem como bloqueios em rodovias e estradas vicinais. Além disso, outros órgãos de segurança, como, outras Unidades da Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Rodoviária Federal, principalmente da região com maior índice do tráfico, serão alertados para atentarem ao problema neste período e apoiarem a operação durante suas operações.
A operação deste ano continua em razão dos resultados positivos na prevenção ocorridos nas operações anteriores, quando houve redução dos papagaios apreendidos, 180 em 2019 e apenas sete papagaios em 2020, uma redução de 94%, apesar da mesma quantidade de traficantes presos, de 7 (sete) em cada ano. Isso indica que os infratores estão sendo detidos sem que consigam retirar grande quantidade de animais. Além disso, não foram registradas apreensões no estado de São Paulo de animais, para onde eles são destinados com mais frequência, saídos do Mato Grosso do Sul, diferentemente de outros anos.
REGIÃO PRINCIPAL DO TRÁFICO E PERÍODO PREOCUPANTE
A região principal do problema de tráfico de papagaio e que é monitorada, é basicamente a que constitui os municípios próximos às divisas com os estados de São Paulo e Paraná, como: Jateí, Batayporã, Bataguassu, Ivinhema, Novo Horizonte do Sul, Anaurilândia, Santa Rita do Pardo, Nova Andradina, Três Lagoas e Brasilândia, além de Naviraí, Itaquiraí, Eldorado e Mundo Novo, porém, a operação foi realizada em todo o Estado, como em 2020, quando houve redução significativa no tráfico de papagaios no Estado.
Nesta operação, com foco principal a evitar a retirada de filhotes, ninhos são monitorados e as saídas do Estado são fechadas com bloqueios, especialmente, as saídas para o estado de São Paulo, que é o destino principal registrado dos filhotes de papagaios traficados em Mato Grosso do Sul. O período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres, pois é o período reprodutivo dos papagaios que é o animal mais traficado no Estado.
PROBLEMAS DO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES
O tráfico de animais silvestres é considerado a terceira atividade criminosa mais rentável, perdendo apenas para o tráfico de drogas e o tráfico de armas. Porém, em Mato Grosso do Sul, o problema se resume quase que especificamente ao papagaio.
Como o que interessa ao comprador na espécie, é a capacidade que ela tem de aprender a imitar a voz humana, a retirada só é realizada enquanto filhote. Por esse motivo, o período de agosto a dezembro é preocupante com relação ao tráfico de animais silvestres no Estado de Mato Grosso do Sul, pois é o período reprodutivo dos papagaios, que é o animal mais traficado no Estado.
Por isso, neste período, operações preventivas nas propriedades rurais para prevenir a retirada dos animais e aliciamentos de funcionários de fazendas e assentados pelos traficantes, para a retirada dos filhotes são fundamentais. Também é importante a vigilância a traficantes presos em anos anteriores. Bloqueios são importantes também nas saídas do estado, pois evitam que traficantes de fora e locais sintam-se tentados a praticar o crime.
PMAMS.