Na última quarta-feira (5), em operação conjunta das Delegacias de Água Clara e Brasilândia, a Polícia Civil efetuou as prisões em flagrante de S. A. de L. (55), G. M. S. (28), E. G. da S. S. (28) e T. V. da S. C. (30), suspeitos da prática de vários crimes de abigeato, associação criminosa e posse irregular de arma de fogo de uso permitido.
Segundo apurado, em intensas investigações que duraram semanas, o S.I.G. (Setor de Investigações Gerais) de Água Clara e de Brasilândia iniciou trabalho de Inteligência para desarticular uma “quadrilha” que atuava nas regiões de Água Clara, Brasilândia e Ribas do Rio Pardo, onde os responsáveis supostamente furtavam gados em verdadeira divisão de tarefas, contando o grupo com um “mandante”, um homem de 55 anos, morador de Brasilândia.
Dos quatro indivíduos investigados, o chefe do grupo era responsável por cooptar funcionários de fazendas para contar com suas colaborações e garantir, dessa forma, o sucesso da empreitada criminosa.
Os demais comparsas atuavam na linha de frente das subtrações, sendo um deles responsável por dirigir um caminhão boiadeiro, outro por ajudar no embarque do gado e o último, funcionário de fazenda e detentor de relação de confiança, atuava o tempo todo para assegurar a execução dos delitos.
Na data dos fatos, a Polícia Civil recebeu informações de que um caminhão boiadeiro na cor azul estaria em uma estrada vicinal carregando gados produtos de furto, o que motivou a imediata abordagem por parte de Investigadores do S.I.G. de Água Clara. No veículo, estavam dois dos suspeitos, um de 30 e outro de 28 anos. Ao serem questionados, os suspeitos negaram qualquer ilegalidade e tentaram apresentar aos policiais civis uma nota fiscal, a qual, todavia, não condizia com a realidade, divergente da marca dos gados. Os Investigadores de Água Clara chegaram a consultar o emissor da nota e constataram que, de fato, o documento não tinha qualquer relação com os gados que estavam embarcados no caminhão.
Depois dessas averiguações, confrontados com todas as contradições, os dois suspeitos confessaram que tinham acabado de furtar 12 gados de uma fazenda entre os Municípios de Ribas do Rio Pardo e Água Clara, delatando, ainda, o funcionário da fazenda como coautor. Admitiram, ainda, furtos em outras oportunidades e confirmaram que atuavam a mando de um senhor de 55 anos que morava em Brasilândia, tudo conforme o aquilatado nas investigações preliminares da Polícia Civil.
Em razão disso, o S.I.G. de Água Clara deslocou-se até a Fazenda da vítima e localizou o funcionário que facilitava a prática dos furtos pela associação criminosa, um indivíduo de 28 anos. Com ele, foi localizada uma espingarda de calibre .22, sem marca e número aparentes.
Os três suspeitos receberam voz de prisão por abigeato e associação criminosa, sendo que um deles, o funcionário da fazenda, também foi autuado por posse irregular de arma de fogo. Na sequência, todos foram conduzidos à Delegacia de Água Clara para a formalização dos procedimentos de praxe.
Simultaneamente, policiais civis do S.I.G. (Setor de Investigações Gerais) da Delegacia de Brasilândia, acompanhados da Autoridade Policial, realizaram intensas investigações no respectivo Município e lograram êxito não só em recuperar o restante dos gados furtados, como também em prender o principal integrante da associação criminosa, isto é, o “mandante” de 55 anos. Este indivíduo confirmou os furtos e informou que, após as subtrações, os gados eram pulverizados em cidades e fazendas diversas para dificultar a descoberta dos fatos e as investigações por parte da Polícia Civil. Tanto é que a equipe de Brasilândia recuperou o restante dos animais em mais de um local.
Em síntese, em Água Clara, foram recuperadas 12 (doze) cabeças de gado, ao passo que, em Brasilândia, foram recuperadas 40 (quarenta) cabeças de gado, totalizando 52 (cinquenta e duas), ou seja, 100% dos objetos materiais dos crimes devidamente restituídos aos proprietários.
Até o momento, as equipes policiais concluíram que mais de três furtos foram cometidos pelos suspeitos entre os meses de dezembro de 2021 e janeiro de 2022, denotando, em tese, associação estável, permanente e organizada dos agentes. Porém, não se descarta a hipótese de ocorrência de mais delitos pelo grupo, o que será verificado por meio da continuidade das investigações.
Por fim, os suspeitos encontram-se à disposição da Justiça, sendo representada pela decretação de suas prisões preventivas.
PCMS.