Logo após tomar conhecimento do sinistro aéreo que culminou no pouso forçado do helicóptero Robinson R66, prefixo PR HMR, equipe do Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado – DRACCO deslocou até o Assentamento Itamarati, área rural de Ponta Porã, a fim de averiguação in loco dos fatos. A diligência contou com o fundamental apoio da equipe do 1ª Delegacia de Polícia de Ponta Porã que assegurou a preservação do local até a chegada da Unidade Especializada.
A conjugação das evidências encontradas na aeronave (para-brisa e faróis quebrados, posição do pouso) com as incoerentes, inconsistentes e evasivas versões apresentadas pelo piloto, levou à classificação do sinistro como de natureza criminosa.
Ciente de sua responsabilidade criminal, antes mesmo da chegada da equipe do DRACCO, o piloto se encarregou de descartar o GPS do helicóptero e de formatar o smartphone usado para falar com os “patrões” como um ato de desespero na busca por escapar do conhecimento da Especializada.
Todavia, essas manobras não impediram a equipe de atribuir à performance implementada pela aeronave, características das narco operações, ou seja, voos baixos para evitar o controle aéreo, ausência de plano de voo, diário de bordo, dentre outros elementos. “Estava tão próximo do solo que o helicóptero atingiu a rede de alta tensão”, pontuou a Diretora do DRACCO, Delegada Ana Claudia Medina.
Face às robustas evidências de narco ilícito, o helicóptero foi apreendido e encaminhado, mediante suporte logístico da Delegacia Regional de Dourados, para o hangar do DRACCO na capital, Campo Grande, onde será submetido a novos exames periciais.
Esta segue o curso da Operação Ícaro, que é realizada em caráter permanente, na repressão qualificada de crimes aeronáuticos, visando conferir resposta mais enérgica aos ilícitos penais relacionados ao narcotráfico e ao crime organizado, o DRACCO foi habilitado a participar da Operação Hórus/Ministério da Justiça.
PCMS.