Na noite da última quinta-feira (24), na sede do Instituto Ressoarte em Anastácio (MS), foi realizada a ação de lançamento da marca-símbolo do Projeto “Orquestra Indígena Teko Arandú”. A ação é resultado da parceria com o designer indígena terena Edenilson Dias Delgado, criador da marca. Edenilson Terena, como é mais conhecido nas redes sociais, agradeceu ao convite realizado pela organização para criar a marca que será utilizada ao longo da execução do projeto.
Segundo a direção do Ressoarte, o designer indígena escolhido para criar a nova logomarca do projeto foi aluno da primeira versão da Orquestra Indígena em 2014 realizado pelo Ressoarte, e que atualmente cursa Artes Cênicas pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e trabalha como web designer.
A diretora do Ressoarte, Cristina Pacheco, lembrou da alegria em ver um ex-aluno bem encaminhado no mercado de trabalho cultural e hoje podendo colaborar com a organização, é uma alegria tremenda, salientou a diretora.
O coordenador executivo do projeto, Alessandro Cintra, lembra que a Orquestra Indígena – que teve início no ano de 2013 – somente pode retomar suas atividades graças ao apoio concedido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (SEMAGRO), por meio de Termo de Fomento assinado ainda no final de 2021.
Alessandro lembra que o projeto já firmou uma parceria com a Escola Estadual Indígena Guilhermina da Silva, no município de Anastácio, através de sua diretora senhora Josefa Luzia e da Liderança Tribal através do Cacique Vanderson de Freitas, na qual pactuou-se que as aulas e oficinas serão realizadas por turmas e grupos de instrumentos, tanto na sede do Ressoarte e um ensaio geral na quadra da Escola Indígena e que ainda haverá muitas surpresas e um ciclo de apresentações da orquestra, finaliza o coordenador executivo.
De acordo com o pesquisador e produtor cultural Adriano Pereira de Castro, o objetivo da Orquestra é promover o ensino da música instrumental à alunos indígenas terena dos municípios de Anastácio e Aquidauana, contemplando à um só tempo as questões de reparação social, diversidade cultural e as riquezas territoriais de MS, finaliza um dos coordenadores do Instituto Ressoarte.
Os recursos que financiam a iniciativa são do Fundo de Defesa e de Reparação de Interesses Difusos Lesados (FUNLES), cuja finalidade é financiar projetos que tenham como objetivo o ressarcimento, à coletividade, dos danos causados ao patrimônio público e social, ao meio ambiente, ao consumidor, à honra e à dignidade de grupos raciais, étnicos ou religiosos, à ordem urbanística, ou a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico, no âmbito do território do Estado de Mato Grosso do Sul.
Assessoria.