O ativista social Leonardo Colutt, reconhecido por sua atuação em defesa dos direitos da infância, está concluindo o relatório que investiga uma série de denúncias envolvendo violência, negligência e falhas estruturais em EMEIs (Escolas Municipais de Educação Infantil) de Mato Grosso do Sul.
Como relator oficial da denúncia, Colutt deverá encaminhar o documento ao Ministério Público nos próximos dias. O material reúne depoimentos de pais, servidores, análise de documentos oficiais, registros de atendimento e visitas técnicas realizadas em várias unidades.
Falhas graves na proteção das crianças
Segundo informações levantadas por Colutt, o relatório revela problemas que vão desde falta de profissionais qualificados até ausência de protocolos claros para lidar com situações de risco. Também foram identificados casos de negligência, demora na comunicação com responsáveis e falhas na supervisão das crianças durante o período escolar.
Durante coletiva de imprensa, Leonardo Colutt reforçou sua preocupação com o cenário encontrado:
“Estamos falando de crianças pequenas, muitas ainda sem capacidade de expressar o que sentem ou relatar agressões. Quando a escola falha, ela falha no papel mais básico que existe: proteger. O que encontramos indica que algo precisa mudar urgentemente.”
Impacto no cenário político
A entrega do relatório deve repercutir no ambiente político do Estado, especialmente com a proximidade do próximo pleito. As conclusões indicam problemas de gestão, falhas no monitoramento das unidades e falta de investimento adequado na educação infantil — fatores que podem gerar questionamentos à administração atual.
Especialistas e movimentos sociais afirmam que a publicação oficial do documento poderá intensificar cobranças por melhorias estruturais e por políticas públicas mais eficazes para a proteção das crianças.
Compromisso com a infância
Colutt destacou que seu objetivo central é garantir que as denúncias sejam tratadas com seriedade e que o sistema de proteção seja fortalecido.
“A criança não denuncia, não escreve relatório, não tem voz nas decisões. Por isso, quem trabalha com infância tem obrigação moral de garantir segurança e cuidado. Meu compromisso é cobrar providências e garantir que cada caso seja esclarecido.”
Próximos passos
O relatório está em fase final de revisão e será encaminhado ao Ministério Público ainda este mês. Após isso, Colutt pretende intensificar o diálogo com conselhos tutelares, realizar audiências públicas e acompanhar de perto a implementação das recomendações que serão apresentadas.




















