Uma tecnologia 100% sul-mato-grossense está ajudando empresas a prevenir e reduzir riscos de acidentes de trabalho por meio do monitoramento de áreas restritas. É o sistema GAC (Gestão de Ambientes Críticos), desenvolvido pelo Centro de Inovação Sesi. Por meio da inteligência artificial, câmeras de segurança fazem o reconhecimento facial e a gestão de acesso em ambientes específicos nas empresas.
O sistema GAC é capaz de identificar pessoas a partir de uma base de dados previamente cadastrada, e pode classificar o acesso entre “permitido”, “irregular” e “proibido”. Nos casos de acesso indevido, o sistema notifica em tempo real os gestores da empresa e produz registros fotográficos da movimentação no ambiente. Além disso, é possível extrair relatórios de controle e gerar alertas de vencimento de treinamentos, capacitações, exames, entre outros.
O gerente do Centro de Inovação Sesi, Ricardo Egídio dos Santos Júnior, explica que o projeto nasceu há quatro anos, a partir das necessidades da indústria Inflex, que fabrica embalagens em Dourados.
“Em parceria com a empresa, elaboramos o projeto e o submetemos a um edital de inovação da CNI (Confederação Nacional da Indústria). A partir da aprovação desse projeto, em 2019, começamos a desenvolver a engenharia do software. Toda a tecnologia e o algoritmo foram desenvolvidos no Centro de Inovação Sesi. Em 2021, concluímos o desenvolvimento da tecnologia e começamos a realizar testes na indústria, para fazer as correções e os ajustes necessários”, conta o gerente.
Como funciona a tecnologia na prática
O sistema GAC pode ser acoplado à maioria dos sistemas de câmeras de segurança existentes, desde que tenham resolução mínima de HD (1280 x 720 pixels). Nesses casos, não é necessário que a empresa substitua os equipamentos que eventualmente possuir.
As empresas precisam cadastrar, no banco de dados do sistema, as imagens dos colaboradores autorizados a transitar nos ambientes controlados. O procedimento é feito em atendimento às regras da LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). A partir disso, a inteligência artificial passa a reconhecer pessoas e gerar relatórios em tempo real.
O índice de precisão das câmeras é superior a 90%, podendo chegar a 100% a depender do correto posicionamento das câmeras. Quanto mais bem posicionado o equipamento estiver, melhor é o reconhecimento facial do sistema. “O cenário ideal é que a câmera esteja de 3 a 4 metros de distância e de 2 a 3 metros de altura da pessoa a ser identificada. A capacidade de identificação do software diminui à medida que a pessoa se distancie da câmera”, explica Ricardo Egídio.
Empresas podem testar a ferramenta gratuitamente por 30 dias
Interessados em conhecer o sistema GAC, desenvolvido pelo Sesi, podem testar a ferramenta de graça por até 30 dias. A solução já despertou a atenção de dezenas de empresas em Mato Grosso do Sul. Para mais informações, entre em contato com um consultor do Centro de Inovação do Sesi. Basta preencher o formulário no site: https://sistemagac.sesims.com.br/
Fiems.