Henrique Pimenta, nascido em 1965, é natural de Resende-RJ, e está radicado em Campo Grande-MS, desde dezembro de 1995. Professor de Língua Portuguesa e Literatura, exerce o magistério há quase 30 anos.
Começou a escrever textos literários com 15 anos de idade e, como poeta, publicou o livro de fesceninos “99 sonetos sacanas e 1 canção de amor” (2012), e, mais tarde, experiências com a poesia contemporânea na obra “Alcácer-Quibir” (2019).
Como contista, publicou “Ele adora a desgraça azul” (2016), livro que recebeu o Prêmio Guavira, Edição especial – MS 40 anos, em 2017, e está divulgando, agora, o lançamento de sua obra mais recente: “Compêndio de evisceração” (2021), pela Editora Chiado, no Brasil, em Portugal, em Angola e em Cabo Verde.
“Compêndio de evisceração” reúne 17 contos, trabalhados no período de aproximadamente 6 anos, até atingirem o formato ideal, no final de 2020. De modo curioso, a grande maioria das tramas se passa em ambientes confinados, com personagens em situações-limite, à beira de cometerem atos irresponsáveis; aspectos que aproximam bastante os contos ao momento atual de pandemia, pelo qual o mundo inteiro vem sofrendo.
Pimenta tem ainda a mania de privilegiar o espaço urbano de Campo Grande (e de algumas cidades de MS), em sua narrativa curta; sendo comum, pois, ao leitor campo-grandense, se deparar com referenciais de seu cotidiano, como avenida Afonso Pena, avenida Zahran – e sua icônica Torre de TV -, asilo Dom Bosco, praça Itanhangá, Santa Casa, rua dos Vendas, Igreja Nossa Senhora de Fátima, UFMS, Hotel Gaspar, sebos, condomínios famosos, local de assassinato de celebridade etc.
Em termos de estilo, Henrique Pimenta domina com mestria a composição do conto, dando destaque a histórias originais, personagens problemáticos, diálogos tensos e finais surpreendentes. Em “Compêndio de evisceração”, apresenta-se, ainda, a mescla de técnicas literárias com técnicas cinematográficas, como nos textos “Camerata”, “Do ponto de vista da câmera” e “Estilística das entranhas”, por exemplo. Também interage, caoticamente, com um amplo espectro da área musical, citando Motörhead, Mutantes, Thelonious Monk, Aldir Blanc, Galinha Pintadinha, chegando até a lendária banda de grindcore sul-mato-grossense: Dor de Ouvido.
No primeiro livro de contos, “Ele adora a desgraça azul”, de 2016, sua prosa era considerada, no mínimo, perturbadora. Em “Compêndio de evisceração”, segundo o prefaciador, Fábio Dobashi Furuzato, os autores da orelha, Mariana Miranda, e do posfácio, João Carlos Costa, a fama assim permanece, tanto que a obra não é indicada para pessoas com sensibilidade à flor da pele e é proibida para menores de 16 anos de idade. Como sua prosa já foi tachada, além de perturbadora, de melancólica, sarcástica, perversa, degenerada, misógina, racista e homofóbica, Pimenta está ansioso para conhecer os adjetivos com que os leitores qualificarão os seus novos contos.
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