Por 5 votos a 4, o Comitê de Política Monetária (Copom) reduziu ontem (2) a taxa Selic, juros básicos da economia, em 0,5 ponto percentual, para 13,25% ao ano. A decisão surpreendeu o mercado financeiro, que esperava um corte de 0,25 ponto. Na avaliação do presidente da Fiems, Sérgio Longen, a redução é um sinal claro para o mercado de que a economia está agora, depois de conter a inflação, voltando a se estabilizar.
“Os juros estão quebrando as empresas e essas taxas que estavam até então eram impraticáveis. No entanto, essa redução ainda é tímida e os efeitos positivos dessa decisão do Copom só serão percebidos após um intervalo considerável de tempo. Ou seja, mesmo com a redução observada a Selic seguirá ainda muito acima daquele nível que é compreendido como neutro. Em que promove o controle da inflação, mas sem desestimular o crescimento da economia”, afirmou Longen.
Apesar de considerar a redução tímida, o líder empresarial acredita que a decisão de cortar os juros em 0,5% anima empresários e investidores. “Esse é um sinal claro de esperança de que até o final do ano se possa chegar em 12%, e aos poucos se aproxime do percentual da inflação. Resumindo, é um sinal positivo, mas precisa baixar mais e dá esperança para que possamos retomar os investimentos todos”, finalizou.