Esta sexta-feira (26), primeiro dia que entrou em vigor o novo decreto do Governo do Estado que prorroga as restrições para conter o contágio do Covid-19 até o dia 4 de abril em Mato Grosso do Sul, gerou revolta principalmente na população de Miranda, a 203 quilômetros de Campo Grande, que inclusive está “sem prefeito”, pois o mesmo está hospitalizado com a doença. Vídeo feito por um morador mostra comerciantes sentados na frente de lojas, enquanto agências bancárias estão abertas e há aglomeração na Caixa Econômica Federal.
O morador identificado na matéria apenas como Eduardo disse ao site Capivara News que a sociedade e alguns comerciantes fizeram um protesto na praça da cidade em frente da Prefeitura Municipal na tarde desta sexta-feira (26) pedindo explicações sobre as medidas tomadas em relação ao comércio da cidade. Segundo ele, houve um desmando na cidade depois que o prefeito Edson Moraes (PSDB) contraiu a Covid-19.
“Ninguém dá esclarecimentos sobre o estado de saúde dele e é seu filho quem comanda exercendo duas funções: secretário de Finanças e de Saúde, um desmando total. O pessoal tem aterrorizado a população, ninguém pode sair de casa, fecharam os comércios, ninguém aceita, ninguém aguenta, todo mundo precisa trabalhar pra se manter”, explica.
Na última sexta-feira (19), o prefeito teve complicações respiratórias causadas pela Covid e foi transferido para Campo Grande junto com seu irmão, Walter Moraes. As últimas informações foi da assessoria do prefeito de que o quadro clinico dele era estável até o domingo (21) e ele continuava internado.
O novo decreto permite o toque de recolher as atividades das 5h às 20h durante a semana. Nos finais de semana, das 5h às 16h. Supermercados, hipermercados, lojas de roupas, móveis, acessórios, conveniências, bares restaurantes, podem funcionar somente por sistema delivery e drive-thru, ou seja, pegar e levar pra casa. Fora desse horário fica proibida a circulação de pessoas, exceto os serviços essenciais: saúde, polícias, bombeiros, postos de combustíveis, enfermeiros, transporte público, serviços funerários…
Veja o vídeo abaixo: