Projeto foi finalizado no último fim de semana, com evento em Bonito; durante execução, MS ganhou seis novas RPPNs
Nos últimos doze meses, o Piúva Rosa criou seis Reservas Particulares do Patrimônio Nacional (RPPNs), sendo que duas estão em processo de oficialização, e cinco planos de manejo para RPPNs já existentes.
“Tivemos uma mostra em Bonito do que são as RPPNs e da sua importância para os proprietários. Essa conjunção de meio ambiente com ecobusiness funciona em perfeita harmonia, como ficou bastante claro no projeto. Existe um interesse real dos proprietários rurais de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso na criação de unidades de conservação, modelo RPPN”, destacou Laércio.
O diretor-executivo da Funatura, Pedro Bruzzi, afirma que o trabalho das RPPNs é fundamental, inclusive pelo aspecto da educação ambiental. “As RPPNs permitem contato com a natureza por meio do turismo e essa atividade educa as pessoas. Traz para o cidadão a conscientização sobre a conservação da natureza”, disse. “A Funatura já participou da criação de mais de 70 RPPNs, e agora podemos comemorar o encerramento do Projeto Piúva Rosa”, afirmou.
Para o coordenador de criação de unidades de conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Aldízio Lima, a iniciativa dos proprietários de proteger suas áreas é fundamental. Somente neste ano, foram criadas 19 RPPNs no país.
“O ICMBio está aqui para dar resposta aos proprietários que desejam criar uma unidade de conservação, promovendo reconhecimento e apoio tanto na criação quanto, depois, na gestão, aprovação dos planos de manejo e apoio à pesquisa na unidade”, disse Lima.
Uma das RPPNs criadas foi a da Lagoa Misteriosa. Proprietário da área, Eduardo Coelho conta que o apoio da Funatura, por meio do Projeto Piúva Rosa, ajudou muito no processo de criação da reserva e garantiu celeridade. O processo de criação da RPPN levou menos de seis meses e, segundo o proprietário, era um sonho antigo.
“Estamos muito felizes em ser parte do sistema nacional de unidades de conservação, contribuindo com a biodiversidade do Brasil e do mundo”, pontuou Coelho, que abriu as portas da RPPN para mostrar um pouco das boas práticas adotadas no local e trocar experiências com os participantes do evento de encerramento do projeto.
O Projeto Piúva Rosa foi executado pela Funatura, com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) no âmbito do Projeto Estratégias de Conservação, Restauração e Manejo para a biodiversidade da Caatinga, Pampa e Pantanal (GEF Terrestre), coordenação do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e tem o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como agência implementadora e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO) como agência executora