Ex-titular da Secretaria Estadual de Saúde, Flávio Brito, que é atual adjunto da Casa Civil, o ex-superintendente de comunicação do Governo de MS, Thiago Mishima, e o adjunto da Secretaria de Educação do Estado, Édio Antônio Resende de Castro, são alvos do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (GAECO) e do Grupo Especial de Combate à Corrupção (GECOC), que investiga o desvio de R$ 68 milhões em contratos com empresas que prestam serviços e fornecem produtos para as Secretarias de Educação e Saúde de MS.
Também foram apontados os nomes de Simone de Oliveira Ramirez Castro, que integra o Governo como técnica do pregão de licitações, e Paulo Andrade, coordenador-geral da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais). A investigação, conforme o Ministério Público do Estado, constatou a existência de organização criminosa voltada à prática dos crimes de corrupção ativa, corrupção passiva, peculato, fraude em licitações/contratos públicos e lavagem de dinheiro. Até o momento se sabe que Édio de Castro foi preso.
Em resumo, a organização criminosa atua fraudando licitações públicas que possuem como objeto a aquisição de bens e serviços em geral, destacando-se a aquisição de aparelhos de ar-condicionado pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso do Sul (SED/MS), a locação de equipamentos médicos hospitalares e elaboração de laudos pela Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul (SES/MS), a aquisição de materiais e produtos hospitalares para pacientes da Apae de Campo Grande, dentre outros, havendo, nesse contexto, o pagamento de vantagens financeiras indevidas (propina) a vários agentes públicos.
A operação deflagrada hoje (29) denomina-se Operação Turn Off, voltada ao cumprimento de 8 mandados de prisão preventiva e 35 mandados de busca e apreensão, nos municípios de Campo Grande, Maracaju, Itaporã, Rochedo e Corguinho.
Durante os trabalhos, valeu-se de provas obtidas na Operação Parasita, deflagrada no dia 7/12/2022, compartilhadas judicialmente, que reforçaram a maneira de agir da organização criminosa.
A operação contou com o apoio operacional do Batalhão de Choque e da Força Tática da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso do Sul.
Turn Off, termo que dá nome à operação, traduz-se da língua inglesa como ‘desligar’, foi originado do primeiro grande esquema descoberto na investigação, relativo à aquisição de aparelhos de ar-condicionado, e decorre da ideia de ‘desligar’ (fazer cessar) as atividades ilícitas da organização criminosa investigada.
A Secretária de Governo e Gestão Estratégica do Estado de MS deve emitir nota à imprensa a qualquer momento sobre os nomes citados e investigação. O espaço está aberto para a manifestação da defesa de todos os citados.
(Com informações do MPMS).
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